Uma Copa do Mundo de muito preparo físico, empolgação, garra e entrega, mas de ilhas de talentos e, também, de inovações táticas zero. E foi isso que vi na semifinal de hoje vencida pela França (nem com tanto merecimento assim) de 2 a 0 sobre a valente Marrocos.
Uma forma completamente difefente de se jogar, talvez voltando no tempo, foi muito utilizada nesta Copa, está sendo.
E essas mudanças, diria até, encolhimento, esconderijo do talento, explica o fato de uma seleção que nem o mais renomado jornalista, "piolho", africano do norte que fosse, imaginaria que Marrocos chegaria uma semifinal e, digo mais, jogando de igual para igual com a campeã atual, durante boa parte do jogo.
A França venceu, está na final. E até adianto uma opinião de que essa talvez seja a maior chance dos Hermanos conquistarem seu tricampeonato, a primeira de forma legítima (talvez), pois em 1978 e 1986 aconteceram manchas indeléveis, mais que tudo na Copa do ditador criminoso Jorge Rafael Videla. A Argentina me parece bem mais "finalista" que a França.
As equipes, sem exceção, nunca foram tão dependentes de seus maiores expoentes. E a gente pode começar pela Argentina de um jogador só, a França de Mbappé e Griezman, que está jogando muito; do Brasil que não teve Neymar; da Inglaterra que até me impressionou porque não foi só Harry Kane; a Bélgiga de De Bruyne e Lukako, a Croácia de Modric, que não esteve tão só, da Espanha dos meninos que não brilharam tanto, e Portugal sem Cristiano Ronaldo.
Quem chega? Argentina x França. O que tem de novo na Argentina? Messi! isso mesmo, um Messi renovado, mais aguerrido e um conjunto forte, focado, guerreiro de sempre, e por isso, o favorito para mim.
E a França? Sim, tem Mbappé. Das vezes que foi bem marcado sumiu, e Griezman. Terá que se reinventar e jogar muito mais para ser bi de forma seguida, elininando erros de saída de bola e recomposição que observei na partida desta quarta-feira.
Voltando ao jogo semifinal contra Marrocos. Um segundo tempo de aperto. Correu sérios riscos de tomar o empate e virada pelo lado esquerdo falho de sua defesa.
Contou com a boa e velha sorte. Várias boas situações de gols foram criadas pelos marroquinos e até pelo menos duas chances claríssimas foram efeetivadas, além de lances de bate-rebate.
Os contra-ataques com Mbappé já não funcionavam, até que Griezman, tenho certeza que foi ele, pediu Thurran no lugar de Giroud. Dechamps atendeu. Somente essa mudnaça definiu a partida. O voluntarioso e forte jogador fechou o espaço, Mbappé passou a ser opção centralizado.
Como esperado, Thuarran, fresquinho, descansado, marcou e atacou e fez a grande diferença no restante da partida, Até mesmo para que Mbappé, sumido, voltasse a brilhar.
E Dechamps fechou o dia de gala com a entrada do menino Kolo Muani, primeira vez na Copa, primeiro toque na bola, gol da classificação e definição da partida.
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