A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou convite para ouvir o general Augusto Heleno sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Heleno foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro. Se aceitar o convite, a oitiva do militar será no dia 4 de maio.
Segundo informou a CNN, os deputados distritais também aprovaram requerimento para ouvir o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes. O militar era chefe do Comando Militar do Planalto, responsável pela área durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes. Esse convite de depoimento está marcado para 18 de maio.
Por se tratarem de convites, os militares não são obrigados a comparecer.
O deputado distrital Fábio Felix (Psol-DF) defendeu que a CPI priorizasse depoimentos de militares do Exército, alegando que as afirmações colhidas até aqui apontam colaboração de membros da Força com atos a favor de um golpe, como a manutenção do acampamento em frente ao QG de Brasília.
Em depoimento, o delegado Fernando Souza, ex-secretário-Executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF, e o coronel Eduardo Naime, ex-diretor de Operações da Polícia Militar do DF, sugeriram que o acampamento não foi desmobilizado por falta de vontade do Exército Brasileiro.
A CPI dos atos antidemocráticos da CLDF apura não só os casos de 8 de janeiro, mas também 12 de dezembro do ano passado, quando a sede da Polícia Federal sofreu tentativa de invasão e carros foram queimados no centro de Brasília.
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