Governo Lula insiste que Petrobras reavalie venda de campos de petróleo do RN a 3R Petroleum
O Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, voltou a solicitar que a Petrobras reavalie seu programa de venda de ativos, após a eleição da nova diretoria executiva da companhia. A reanálise inclui os campos de petróleo do Rio Grande do Norte, vendidas a 3R Petroleum. O primeiro pedido feito pelo Governo foi negado pela estatal.
O negócio entre Petrobras e 3R Petroleum foi fechado por US$ 1,38 bilhão no total no início de 2022, sendo US$ 110 milhões na data de assinatura do contrato de compra e venda; US$ 1,04 bilhão no fechamento da transação e US$ 235 milhões em 4 parcelas anuais de US$ 58,75 milhões, a partir de março de 2024.
A mesma solicitação, vale lembrar, foi apresentada no início de março, quando o Ministério pediu também a suspensão do programa de desinvestimentos da estatal por 90 dias. Na ocasião, a Petrobras rejeitou o pedido. Conforme lembrou o Metrópoles, a resposta foi dada ao governo no dia 17 de março, antes da eleição da nova diretoria da companhia, comandada pelo ex-senador petista Jean Paul Prates. Os mandatos dos novos dirigentes da Petrobras têm início nesta quarta-feira (29) e vão até o dia 13 de abril de 2025.
“O pedido de reexame da questão dos desinvestimentos a partir da eleição da nova diretoria executiva, indicada pelo atual presidente da Petrobras, se justifica para que sejam preservados os interesses nacionais, respeitando-se as regras de governança da companhia”, afirmou o Ministério de Minas e Energia, em nota. “O ministro de Minas e Energia (Alexandre Silveira), considerando que as análises realizadas foram preliminares, bem como a nova composição da diretoria executiva, eleita cinco dias após a deliberação, solicitou que o presidente da Petrobras adote as providências necessárias para melhor avaliação do tema”, continua o texto.
Também nesta quarta, a Petrobras divulgou uma nota na qual afirma que “a nova administração da companhia irá analisar tal solicitação, de acordo com as suas regras internas de governança”. Além do RN, os negócios que podem ser afetados com uma eventual revisão dos contratos, estão as vendas das refinaria Lubnor, no Ceará, para a Grepar Participações; e dos polos Golfinho e Camarupim, na Bacia do Espírito Santo, para a BW Energy.
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