O governo Lula (PT) quer decidir até a semana que vem se retoma ou não o horário de verão. A medida está em análise para tentar reduzir a demanda do sistema elétrico em meio à seca nos reservatórios.
Além de aumentar a segurança do sistema, o MME (Ministério de Minas e Energia) defende a medida como forma de evitar o uso ainda mais intensivo de usinas térmicas, que produzem energia mais cara e poderiam impulsionar as tarifas cobradas dos consumidores.
A medida enfrenta críticas de setores como o aéreo, que alertou precisar de pelo menos 180 dias para adaptar suas atividades, uma vez que os voos já estão sendo comercializados seguindo horários e conexões definidos no início do ano.
A eventual retomada do horário de verão também foi objetivo de conversas com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para evitar que qualquer decisão tenha impacto no segundo turno das eleições municipais, que ocorrerá em 27 de outubro.
O horário de verão foi extinto em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Sua retomada foi recomendada pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) em reunião no dia 19 de setembro.
Para o MME (Ministério de Minas e Energia), não há um problema de geração de energia, mas a questão tarifária será "muito relevante" para a decisão final.
"Quero, até semana que vem, concluída uma visão mais transversal, tomar uma decisão da necessidade ou não da decretação do horário de verão. Nós não temos risco energético para 2025, mas nós temos impactos tarifários, e isso é muito relevante", diz o ministro Alexandre Silveira.
Painel S.A.- Folha de São Paulo
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