O governo federal, por meio da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), realizou na manhã desta quinta-feira (6) o leilão para a compra de até 300 mil toneladas de arroz importado. De acordo com a Conab, foram comercializadas 263,3 mil toneladas do produto, o que representa 88% do volume estimado inicialmente. O valor movimentado no leilão foi de R$ 1,3 bilhão.
Os lotes arrematados tiveram preço mínimo de R$ 4,98 e máximo de R$ 5 por quilo. Agora, o produto será distribuído para 21 estados do país. Recife, capital de Pernambuco, vai receber o maior volume, de 30 mil toneladas.
Na quarta-feira (5), o leilão para a compra de arroz foi suspenso por decisão liminar do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre, após ação movida pelo partido Novo. Em reação, a AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com recurso, que foi aceito pelo presidente do tribunal, desembargador Fernando Quadros da Silva, nesta quinta.
Segundo Silva, os motivos que levaram à publicação do edital do leilão “são existentes e juridicamente adequados à situação excepcional vivenciada pelo estado do Rio Grande do Sul, responsável pela produção de cerca de 71% do arroz plantado no Brasil”.
O leilão determina que o produto deve ser entregue até 8 de setembro. Além disso, ele precisa ser vendido exclusivamente para o consumidor final, com preço máximo de R$ 4 o quilo.
O documento define ainda aspectos como cor, odor e sabor do arroz, que deve ser beneficiado polido longo fino tipo1 e proíbe a aquisição de arroz aromático. O cereal deverá estar acondicionado em embalagem com capacidade de 5kg, transparente e incolor, que permita a perfeita visualização do produto, e com logomarca.
R7
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