Haddad diz que inflação está controlada, mas trabalho de controle fiscal não terminou

10 de Abril 2024 - 15h59

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os dados de inflação, publicados nesta quarta-feira (10), vieram “bem abaixo do previsto” e que “a inflação está controlada no Brasil”.

De acordo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o IPCA, que mede a inflação oficial no Brasil, desacelerou para 0,16% em março, com o número acumulado em 12 meses abaixo de 4% pela primeira vez desde julho do ano passado.

“A gente vem dizendo isso reiteradamente: a inflação está cada vez menor no Brasil. Não estamos comprometendo de maneira nenhuma o compromisso com o poder de compra do salário, a massa salarial está crescendo, o emprego está crescendo com a inflação baixa”, disse a jornalistas na porta do Ministério da Fazenda, em Brasília.

Haddad seguiu dizendo que, mesmo com os dados melhores, ainda há “um ciclo de decisões para serem tomadas” para evitar o descontrole das contas públicas.

“O Judiciário tem nos ajudado muito, as decisões mais importantes, o Judiciário tem dado ganho de causa para a União, para a Advocacia Geral da União, é um trabalho, não vai ter espaço fiscal se você não fizer esse trabalho, nós temos que ir fazendo esse trabalho todo dia praticamente, de não deixar escapar do controle, como o que aconteceu nos últimos 10 anos”, pontuou.

Haddad voltou a dizer que em 10 anos as contas públicas ficaram “muito descontroladas” e o Brasil não cresceu. Mas evitou comentar se a meta de superávit para 2025 será mantida. Segundo ele, o valor será publicado apenas no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que será enviado ao Congresso na próxima segunda-feira (15).

No arcabouço fiscal, divulgado em março do ano passado, a equipe econômica propôs um ajuste gradual nas contas públicas: déficit de 0,5% em 2023, zero em 2024, superávit de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026.

Segundo Haddad, ainda haverá uma nova reunião nesta quarta desta vez para que ele e a ministra Simone Tebet (Planejamento) – que também faz parte da JEO – , possam apresentar as contas sobre três cenários apresentados por Dweck.

O ministro ainda avaliou que os cenários são desafiadores e que ainda aguarda votações no Congresso Nacional na semana que vem.

CNN

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