Israel avalia próximos movimentos e quer evitar que crise com Brasil evolua para suspensão de relações

20 de Fevereiro 2024 - 09h57

Diante da posição de Lula de não se retratar da declaração em que comparou a guerra de Israel contra o Hamas com o Holocausto, o governo de Israel vai manter o presidente brasileiro como persona non grata e avaliar os próximos movimentos.

Oficialmente, o Ministério das Relações Exteriores de Israel informou à CNN na manhã desta terça-feira (20) que não há mudança na posição e que a posição anunciada pelo ministro Israel Katz na segunda-feira (19) de que Lula é persona non grata continua.

Uma fonte da diplomacia israelense afirmou à CNN que neste momento não estão previstas medidas adicionais, como por exemplo a suspensão de relações diplomáticas.

Não há interesse de Israel, segundo relatos à CNN, de que a crise evolua para esse ponto. Integrantes do governo do país disseram diferenciar o que é uma posição do governo da posição da população.

Mas dizem por outro lado que medidas adicionais podem ser tomadas a depender das próximas posições e manifestações do presidente Lula sobre o conflito em Gaza.

A leitura, segundo outra fonte diplomática de Israel, é de que Lula não se retratar é um erro que tira o Brasil da condição de país neutro e equilibrado que costumava ter historicamente ao tratar do conflito árabe-israelense.

Também foi avaliado à CNN que a manutenção da posição coloca o Brasil distante de países do mundo livre como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e França e que pode haver um crescimento do antissemitismo no país.

Procurado, o Itamaraty não se manifestou. CNN Brasil.

 

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