Jô Soares escolheu morrer em casa assistindo a filmes, revela Drauzio Varella
A missa de sétimo dia do comediante e apresentador Jô Soares, morto no último dia 5, aconteceu na noite desta sexta-feira, na capela do colégio Nossa Senhora do Sion, no bairro paulistano de Higienópolis.
No evento, organizado pela Academia Paulista de Letras, estiveram amigos, colegas e antigos colaboradores, entre eles a dramaturga e roteirista Maria Adelaide Amaral, que iniciou a homenagem com a leitura do "Salmo 22", seguida da missa celebrada pelo bispo dom Fernando Antônio Figueiredo e pelo padre Júlio Lancelotti.
Ao longo da celebração, amigos prestaram homenagens ao humorista, entre eles o editor Matinas Suzuki Júnior, que leu as últimas páginas do segundo volume do livro de memórias do apresentador.
Já o médico e escritor Drauzio Varella disse que Jô escolheu deixar o hospital e passar os últimos dias em sua casa assistindo a filmes clássicos noir, seu gênero favorito. "É difícil falar do gênio tendo convivido com ele", declarou o oncologista.
O apresentador sofria de problemas de pulmão e morreu depois de uma falência de múltiplos órgãos. A ex-companheira e amiga Flávia Pedra Soares, conhecida como Flavinha, relembrou a devoção do humorista por santa Rita de Cássia e revelou que, ao ter consciência da morte, Jô repetia "morrer é fácil, difícil é a comédia", lembrando a última frase atribuída ao comediante britânico Edmund Gwenn.
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