Lula e Bolsonaro tiveram redução do patrimônio de 2018 para 2022, enquanto o de Ciro aumentou
Os patrimônios dos candidatos à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) caíram de 2018 para 2022, se considerada a inflação desse período.
Entre os presidenciáveis deste ano que também disputaram o pleito de 2018, Ciro Gomes (PDT) é o que, até agora, teve o maior aumento de patrimônio: 29,1%.
Os dados constam da declaração de bens que os candidatos apresentam à Justiça Eleitoral e são disponibilizados no DivulgaCandContas (plataforma disponibilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral).
Em 2018, Lula declarou um patrimônio de R$ 7,9 milhões –-o que, em valores corrigidos pelo índice IPCA, que mede a inflação, equivaleria a algo próximo a R$ 10,1 milhões hoje em dia. Neste ano, o ex-presidente declarou bens que somam R$ 7,4 milhões: uma queda de 7,6% em valores nominais e de 36% em valores corrigidos pela inflação.
No caso de Bolsonaro, a queda foi menor. O patrimônio que o atual presidente declarou à Justiça Eleitoral é levemente maior que o de 2018 em valores nominais (R$ 2,28 milhões nas eleições passadas e R$ 2,31 milhões neste ano). Quando os valores são corrigidos pela inflação, porém, o patrimônio teve uma queda de 25,4% no mesmo período.
Até o momento, o candidato à Presidência da República que declarou o maior patrimônio à Justiça Eleitoral é Felipe D’Ávila, do Novo (R$ 24,6 milhões). A seguir, os valores que cada candidato declarou ao TSE até agora:
Lula da Silva (PT): R$ 7.423.725,78
Jair Bolsonaro (PL): R$ 2.317.554,73
Ciro Gomes (PDT): R$ 3.039.761,97
Simone Tebet (MDB): R$ 2.323.735,38
Felipe D’Ávila (Novo): R$ 24.619.627,66
Pablo Marçal (Pros): R$ 16.942.541,15
Sofia Manzano (PCB): R$ 498.000,00
Leonardo Péricles (UP): R$ 197,31
Vera Lúcia (PSTU): R$ 8.805,00
É preciso ressaltar que os dados oferecidos pelos candidatos à Justiça Eleitoral não necessariamente correspondem ao valor de mercado de cada bem. Um candidato pode, por exemplo, registrar um carro pelo veículo que foi pago (R$ 90 mil, por exemplo), mas atualmente ele valer mais ou menos que isso.
A declaração de bens à Justiça Eleitoral é uma autodeclaração (assim como o Imposto de Renda), mas não tem o mesmo rigor da declaração do IR à Receita Federal, que tem um sistema mais eficiente de fiscalização dos bens dos cidadãos.
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