Máfia italiana participou de homicídio de dirigente de clube tradicional de Natal

13 de Agosto 2024 - 11h07

Mafiosos italianos membros da Cosa Nostra, grupo alvo de megaoperação da Polícia Federal nesta terça-feira (13), em Natal, já participaram do homicídio de um compatriota, dirigente de um tradicional clube da capital potiguar. A ação da PF contra a organização tem como objetivo combater a atuação da máfia no Brasil. Os investimentos oriundos da Itália já teriam movimentado mais de R$ 2,5 bilhões, por meio das áreas gastronômica e imobiliária.

O assassinato aconteceu em maio 2014. Uma investigação da Polícia Civil, na época, já apontava o envolvimento do grupo criminoso italiano na morte de Enzo Albanese, dirigente da comissão técnica de rugby do Alecrim.

O mentor do crime foi o italiano Pietro Ladogan, detido em 2019 e condenado a 18 anos de prisão, em julgamento realizado em 2021. O empresário italiano, Giuseppe Bruno, preso durante a operação desta terça, é apontado também como um dos instigadores do homicídio de Enzo. Tanto Giuseppe, quanto Pietro, são apontados como membros da Cosa Nostra.

A operação, na ocasião, foi batizada de 'Pedra de Fogo', uma alusão ao nome de Pietro, versão italiana do nome Pedro, que significa pedra. O 'fogo' é porque as testemunhas que estavam delatando a suposta organização começaram a ser 'queimadas'.

Os mentores do crime comandavam uma organização criminosa que administrava pelo menos 10 empresas de fachada para cometer crimes, principalmente lavagem de dinheiro. A motivação do crime se deu porque a vítima teria descoberto e denunciado a fraude de uma dessas empresas administradas por Pietro Landogana. 

 

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