Mais da metade dos trabalhadores estão dispostos a buscar um novo emprego para sair do modelo 100% presencial

14 de Abril 2023 - 11h43

Cerca de 57% dos trabalhadores se dizem dispostos a procurar um novo emprego, caso a empresa atual decida voltar integralmente ao modelo presencial, segundo levantamento da consultoria Robert Half.

Do total de pessoas que respondeu que cogitaria a mudança de companhia, 33% disseram que a flexibilidade ao trabalho 100% presencial é relevante, mas não totalmente decisiva.

Outros 24% afirmam que essa escolha é determinante e que não seguiriam na mesma empresa.

Ainda entre os profissionais empregados, 74% responderam que desejam trabalhar em um modelo híbrido ao longo do ano, dos quais:

41% preferem ter flexibilidade para decidir quais e quantos dias vão ao escritório;
33% preferem que a empresa tenha uma distribuição predefinida de quais serão os dias de trabalho remoto e presencial.

Já entre os profissionais que estão em busca de recolocação, 78% gostariam de contar com um modelo de trabalho híbrido, mas só 16% afirmaram que deixariam de aceitar uma proposta se a empresa não oferecesse essa flexibilidade.

O que pensam os recrutadores

A visão de gestores e headhunters (caça-talentos, na tradução) é diferente.

De acordo com o levantamento, mais da metade (56%) dos recrutadores considera que a opção pelo retorno total ao presencial não dificulta a atração e retenção de profissionais nas empresas.

36% acreditam que esse retorno poderia influencias negativamente as companhias, tanto no que diz respeito às contratações quanto na manutenção dos trabalhadores com mais tempo de casa.

Outros 8% não souberam opinar.

Cenário nas empresas

59% das empresas entrevistadas disseram que adotarão o modelo híbrido. Entre elas:

63% planejam que os funcionários vão de duas a três vezes por semana ao escritório;
24% deixarão o planejamento a cargo do gestor e do funcionário.

Em contrapartida, 30% das empresas optaram pelo modelo 100% presencial e somente 6% adotaram o home office integral.

Os outros 5% afirmaram ainda não ter uma política definida.

Por G1

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