Preso desde o último dia 3 de maio, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestará depoimento na sede da Polícia Federal no início da tarde desta quinta-feira (18). Ele deve ser questionado principalmente sobre a acusação de fraudes nos cartões de vacina dele mesmo, de sua família, e de Bolsonaro e da filha de 11 anos do ex-presidente. Outros assuntos espinhosos, provavelmente, estarão na pauta, como movimentações financeiras dos antigos ocupantes do Palácio da Alvorada e os atos golpistas de 8 de janeiro.
As suspeitas de caixa 2 e de “rachadinha” com recurso do Planalto envolvendo o coronel Cid e Michelle Bolsonaro foram reveladas no início do ano.
Cid será confrontado com as provas colhidas pela PF, de que ele teria participado ativamente em um esquema de adulteração de dados de vacinação contra a Covid-19 para gerar certificados falsos para ele mesmo e seus familiares, além de Bolsonaro e sua filha.
O depoimento de Bolsonaro na PF sobre o mesmo tema, dois dias antes, aumentou a pressão sobre Cid, pois seu ex-chefe negou responsabilidade ou mesmo conhecimento sobre o suposto esquema de fraude, e disse que o militar era o único responsável pela gestão de seu aplicativo ConectSUS, do Ministério da Saúde, que foi acessado no período em que continha dados falsos sobre vacinação.
Há grande expectativa sobre o que Mauro Cid dirá aos investigadores, porque há sinais de que a estratégia jurídica de Bolsonaro é jogar eventuais responsabilidades em cima do ex-ajudante de ordens e, assim, blindar o seu ex-chefe. Com informações de Metrópoles.
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