Meu sonho é ainda ver uma eleição para presidente da FNF

15 de Março 2024 - 12h10

Meu sonho hoje como jornalista esportivo, ainda em atuação, e vivo,  é cobrir uma eleição verdadeiramente democrática, com chapas livres, concorrendo ao cargo de presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol. Chega de pleitos de portas fechadas - com os escolhidos decidindo - e depois ouvir, zombeteiramente, um cara dizer que "atendendo ao pedido dos clubes eu continuo no comando da Federação".

E sabendo ele, todos nós, que tudo não passa de um grande embuste. Mesmo tendo ele a informação clara, os dirigentes de clubes e todos nós da imprensa, que mais de 90% dos desportistas potiguares reprovam, condenam, acham absolutamente nefasta a administração de José Vanildo da Silva.

Muita gente, os defensores podem dizer que não tem nada a ver, mas desde que José Vanildo assumiu a FNF a derrocada de nossos clubes principais tem sido notória. O ABC, em todo esse período, a despeito de ter conquistado um título nacional - Série C de 2010 (graças a um pacote de bons dirigentes juntos) - só esteve por cinco anos em sequência na Segunda Divisão.

Para o América, a coisa ainda foi muito pior. Quando Vanildo da Silva assumiu em 2007, o time rubro estava na Série A do Brasileiro, vejam só. Depois de idas e vindas da C para a B, o rubro esteve por sete anos seguidos na quarta divisão do futebol brasileiro, e pior, subiu ganhando o título e caiu novamente. Isso era, antes, absolutamente impensável.

 
Estivemos alguns anos, incrível, doído, perdendo em representatvidade para o futebol do Piauí. Em 2021, o Altos, com todo respeito, o emergente Altos, disputando a Terceira Divisão do futebol brasileiro enquanto ABC e América amargaram a disputa da Série D.

Claro, evidente, nossos dirigentes amadores, omissos e submissos contribuíram demais para essa hecatombe, mas os acontecimentos são reflexos de campeonatos sem apoio, sem estádios em condições, campeonatos de base ridículos, premiação e valorização inexistentes, enfim, um pacote de abandono sem precedentes e ainda as cobranças exorbitantes de inscrições para competições e atletas que afastaram das competições várias tradicionais equipes de nosso Estado e Capital, das competições de base e até mesmo profissional.

É inacreditável que tenhamos, durante nada menos que durante 17 anos, a permanência de um comando de gestão que abandonou o estádio berço do futebol (ao mudar de sede a entidade) e que fez o esporte mais popular se tornar um produto que poucos empresários acreditam e investem. Sem falar do abandono dos poderes constituídos, e fica claro, o motivo é a caótica gestão desse senhor que desembarcou, não se sabe como (tem quem saiba), sem qualquer ligação anterior com o futebol, chegando ao cargo de mandatário maior.
 
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