Ministra da Agricultura acredita que exportação de carne brasileira para a China deve ser liberada até dezembro
A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em entrevista à imprensa, informou que espera que até o fim do ano seja liberada a suspensão de toda carne brasileira para a China. As autoridades alfandegárias chinesas comunicaram que irão aceitar os pedidos de exportação de carnes que tenham obtido o certificado sanitário.
No período, o Brasil continuou exportando carne para os Estados Unidos. Contudo, os produtores norte-americanos estão pedindo também à suspensão das importações de carne bovina in natura devido à questões sobre quais processos os brasileiros utilizam para detectar doenças e outras possíveis ameaças de alimentos para os consumidores – o mesmo motivo da China.
Esse movimento ocorreu após surgirem dois casos suspeitos de vaca louca, doença cerebral em bovinos adultos que pode ser passada para humanos quando ingeridas as carnes contaminadas.
Mas, Cristina acredita que os Estados Unidos não irá impor um embargo por questões sanitárias, “apenas será decretado se acharem necessário por questões comerciais”.
O senador dos EUA, Jon Tester, apresentou um projeto de lei, na última quinta-feira (18), para suspender as importações de carne bovina brasileira para o país, e pediu que especialistas revisassem “a segurança de commodities” após relatos na imprensa sobre o Brasil ter atrasado a comunicação de dois casos da doença da vaca louca.
Ethan Lane, vice-presidente para assuntos governamentais da National Cattlemen’s Beef Association (NCBA), disse que os brasileiros demoraram mais de oito semanas para reportar os dois casos.
Setor sem prejuízo
Apesar do setor de frigoríficos estimar que aguardam a entrada nos portos chineses em torno de 120 mil toneladas de carnes certificadas, antes de 4 de setembro, Cristina afirma que não houve prejuízo para o setor. “Algumas companhias tiveram que dar férias para os funcionários, a preço da arroba do boi caiu, mas outras aberturas aliviaram as possíveis tensões”, diz.
Fonte: CNN.
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