Nova Faculdade vai contribuir para desenvolvimento sustentável da indústria do RN e do Brasil

18 de Janeiro 2024 - 16h34

A Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais (FAETI) vai contribuir para que o Rio Grande do Norte e o Brasil estejam atualizados com os encaminhamentos das Conferências das Nações Unidas relacionadas com mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável e as tendências de ESG (Ambiental, Social e Governança), além de assegurar oportunidades para uma formação profissional que faça frente a essas necessidades. A afirmação é do presidente da FIERN e do Conselho Regional do SENAI-RN, Roberto Serquiz, feita no lançamento da FAETI, na segunda-feira (15). Ele destacou o significado e as repercussões do início das atividades desta instituição, que integra o Centro de Referência do SENAI no Rio Grande do Norte.

“Este é um momento muito especial para o Rio Grande do Norte e também para o Brasil, porque nasce aqui a primeira Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais, que passa a somar neste Centro, que é uma referência nacional”, destacou o presidente da FIERN.

Em uma ação inédita no Brasil, a FAETI foi lançada em Natal. A iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-RN), entidade que compõe o Sistema FIERN, une dois eixos estratégicos para a competitividade e o desenvolvimento sustentável da indústria brasileira: educação e transição para uma economia de baixo carbono.

Nascida no estado que tem a maior capacidade instalada em energia renovável da fonte eólica, a Faeti tem como objetivo atender a uma lacuna de mercado por profissionais qualificados para atuar no setor. Nesse sentido, o primeiro curso ofertado será o de engenharia mecânica, com duração de 5 anos.

Roberto Serquiz explica que a busca por alternativas para mitigar o aquecimento global tem feito das energias renováveis um mercado em expansão e um caminho a ser perseguido, com grande potencial a ser desenvolvido. “A chegada da Faeti em nosso estado é estratégica. O Rio Grande do Norte tem um centro de referência nacional em energias renováveis, o qual faz pesquisas e estudos para todo o país. A Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais vem se somar a esse esforço no sentido de qualificar profissionais que vão acompanhar a evolução do processo de geração de energias renováveis e, assim, contribuir não só com o Brasil, mas com o mundo na transição energética”.

O presidente ressalta que o Centro de Referência do SENAI no Rio Grande do Norte faz, atualmente, intercâmbio para pesquisas com empresas e instituições de diferentes países nos quais há estudos avançados na área de energias. “Temos alunos e professores no Reino Unido, Canadá, Itália, Alemanha e isso significa troca de conhecimentos – o que é muito importante para a atualização permanente”, observa.

E que essa troca e produção de conhecimento e inovação credencia o Centro para se tornar uma instituição de referência internacional. “Neste cenário promissor, foi planejada a Faculdade, uma escola em nível superior que tornará a atividade energia renovável cada vez mais avançada em nossos estados e no país. Isso significa atender o que o mundo pede através das Conferências das Nações Unidas, nas quais são realizados acordos e definido metas de sustentabilidade”, disse.

No documento Mapa Estratégico da Indústria, a educação é um dos eixos prioritários definidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o desenvolvimento de uma nova indústria no Brasil. Para a instituição, quando alinhada às demandas da indústria, a educação desempenha papel transformador para a modernização e o desenvolvimento industrial brasileiro.

Durante o pronunciamento no lançamento da FAETI, Serquiz citou a atuação do empresário Amaro Sales, um dos vice-presidentes da CNI e ex-presidente da FIERN que é o idealizador da Faculdade. “Quero cumprimentar Amaro Sales, que fez a publicação em agosto do ano passado [do registro da FAETI]”, observou.

Amaro Sales disse que houve uma atuação conjunta do SENAI e do Sistema FIERN para assegurar ao estado a Faculdade. “O Rio Grande do Norte é o maior produtor de energias renováveis e não podia ficar sem sua faculdade nesta área”, ressaltou.

A governadora Fátima Bezerra apontou que a FAETI vai somar ao complexo de formação profissional que o Estado dispõe. “Com isso, haverá um grande polo de formação de mão de obra não só para o Estado, mas também para o Nordeste e o país. Há um grande marco de formação de qualificação. Então, é algo muito promissor”, comentou. “A Faculdade já nasce grande ao formar especialistas nesta jornada de transição energética e descarbonização do planeta”, observou.

FAETI começa operar em março

A primeira Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais do Brasil entra em operação a partir de 4 de março em Natal. O foco, inicialmente, será em engenharia mecânica. Programas de pós-graduação e a estreia da graduação em engenharia elétrica estão previstos para até 2025. 

O diretor do SENAI-RN, do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e da FAETI, Rodrigo Mello, ressaltou que o objetivo é a formação de profissionais voltados/as às necessidades práticas da indústria – uma lacuna que, segundo o setor, precisa ser preenchida não só no mercado de energia. “O que nós formaremos são engenheiros mecânicos capazes de trabalhar na indústria de móveis, de alimentos, de cerâmica, e onde mais houver necessidade. Mas a ênfase que daremos nos exemplos e na prática será nas energias renováveis, atividade com muita tecnologia embarcada que é liderada nacionalmente pelo estado, mas que cresce para além das fronteiras do Rio Grande do Norte e do Brasil, com grande demanda por profissionais, em um contexto em que a transição energética e a descarbonização da economia ganham força”, disse ele.  

“Essa é a diferença em relação à academia padrão, o propósito de colocar no mercado profissionais muitos mais próximos da atividade industrial. As empresas com quem temos relacionamento permanente registram que um profissional recém-formado passa entre 3 e 4 anos como ‘sombra’, ou seja, acompanhando a operação de um engenheiro formado há mais tempo para ter condição de assumir ele mesmo as atividades de engenharia do ambiente industrial. A nossa intenção com a FAETI é fazer com que este profissional chegue mais pronto a esse momento. É fazer com que saia da Faculdade muito próximo de assumir as suas competências no ambiente industrial, seja como empregado, seja como empreendedor”, ressaltou ainda.

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