Novo Conjunto Eólico no RN vai ter investimento de R$ 2,3 bilhões

17 de Fevereiro 2022 - 09h56

Com investimentos de R$ 2,3 bilhões, mais um megaempreendimento na área de energia limpa começa a operar no Rio Grande Norte este ano. É o Conjunto Eólico Santo Agostinho que está sendo montado nos municípios de Lajes e Pedro Avelino, com capacidade para 434 Megawatts. O cronograma do projeto e os planos de investimentos futuros da empresa – a Engie Brasil Energia – foram apresentados nesta quarta-feira 16, à governadora Fátima Bezerra.

No Santo Agostinho serão 70 aerogeradores com altura de 170 metros e capacidade para produzir 6,2 MWh por unidade, três vezes mais que os equipamentos usados atualmente. Os investimentos futuros da empresa previstos para os próximos cinco anos no Rio Grande do Norte somam R$ 6,5 bilhões.

“O governo está de portas abertas para avançar nas parcerias, que são importantes para o desenvolvimento de nosso Estado neste momento de transição energética. O Estado é parceiro da iniciativa privada e está fazendo o papel que lhe cabe, com transparência, com senso de responsabilidade, com segurança jurídica e preocupação social. Nosso governo preza muito pela relação com a sociedade, nossa matéria-prima é o diálogo”, disse a governadora Fátima Bezerra.

“O governo do Estado está estimulando hoje a construção do presente e do futuro com o que há de mais moderno em tecnologia no planeta. O RN está na linha de frente e deverá continuar assim por causa de investimentos dessa ordem, dessa qualidade, com preocupação social e ambiental”, reforçou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado.

A Engie se instalou no RN em 2017. Ela tem dois empreendimentos fotovoltaicos em funcionamento, o Assu V, que produz 30 MW, e o Floresta, em Areia Branca, de 101 MW. Os empreendimentos futuros são os parques solares Assu Sol; Assu I, II, III e IV e o Santo Agostinho Solar, segundo informaram Márcio Neves, diretor de operação; e Giuliano Pasquali, gerente de Projetos da empresa. Pelo cronograma apresentado à governadora Fátima Bezerra, o primeiro aerogerador entra em operação em setembro deste ano, chegando a 14 até o final do ano.

“Nossa empresa tem como característica os investimentos de longo prazo, a responsabilidade social, as parcerias com Estados e os municípios”, informou o presidente da Engie Brasil, Eduardo Sattamini, que acompanhou a reunião de forma virtual e elogiou a postura do governo do Estado.

A Engie é a maior empresa privada de energia do Brasil, atuando em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. É detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500 quilômetros, que atravessam 10 estados e 191 municípios, graças à aquisição da TAG, concluída em 2020.

Potencial

A matriz elétrica do RN é composta por 87% de fontes limpas e renováveis. Das sete fontes de geração de energia comercializadas no Brasil, o Rio Grande do Norte possui cinco. São 443 empreendimentos de geração de energia movidos por fonte eólica, solar, hídrica, biomassa e gás natural.

No setor eólico, o estado é líder nacional com 213 usinas em operação que totalizam 6,5 GW de potência instalada e mais de 2.400 turbinas em funcionamento. Além disso, estão em fase de construção 44 novos parques com potência total de 1.4 GW.

O município de Serra do Mel detém 17% da potência instalada, maior polo de geração do Rio Grande do Norte. O segundo do ranking é João Câmara com 13% e em terceiro lugar, Parazinho com 11%. O RN possui 5 projetos de parques eólicos offshore (no mar) atualmente em processo de licenciamento junto ao IBAMA.

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