Novo point da sacanagem tem travesti correndo pelada, pedrada e tretas

26 de Junho 2024 - 16h02

Homens que buscam sexo rápido e sigiloso com travestis circulam com frequência pelas ruas que cortam a região conhecida por abrigar pontos de prostituição em Taguatinga Sul, próximo a uma fábrica de refrigerantes. Mesmo à luz do dia, os programas ocorrem dentro de veículos ou em vielas pouco movimentadas. Com a mesma proposta e para aquecer o mercado do sexo, um novo reduto de transas a baixo custo surgiu sendo palco de brigas com direito a pedradas, travestis correndo nuas pelos gramados e muito consumo de drogas.

As ruas e áreas verdes nos fundos do Cartório Eleitoral, no centro de Ceilândia, transforma-se ainda no meio da tarde. Posicionadas nos canteiros e em áreas de estacionamento que atendem aos comércios próximos, travestis aguardam clientes que rodam pela região de carros, motos e até de bicicletas. A negociação é rápida e não chega a R$ 50 por uma hora de programa.

Mesmo com cliente pechinchando e as travestis aceitando a barganha, os desacertos seguidos de barracos são constantes e assustam moradores que vivem em prédios nas proximidades. Em uma das gravações registradas por um morador, um homem e uma travesti discutem sobre o pagamento de um programa.

Transtornada, a travesti pegou uma pedra para atirar no cliente e ameaçou danificar o carro em que ele estava. Sem roupas, ela gritava e exigia o pagamento dos valores acordados.

Assustados, moradores chamaram a Polícia Militar. Logo depois, uma viatura chegou ao local e abordou algumas travestis, além do homem envolvido na confusão. Todos acabaram sendo levados para a delegacia.

Com o cair da noite, usuários de crack e traficantes passam a circular pelos pontos.

Durante o dia, algumas barracas de camping armadas na região costumam ser usadas para a realização dos programas sexuais. Montadas nos terrenos tendo comércios ao fundo, as estruturas de lona e metal também funcionam como esconderijo para o consumo de drogas.

“Quem mora nos apartamentos dos prédios que cercam esses terrenos costuma flagrar o tráfico e o consumo de drogas. Essas atividades estão sempre ligadas à prostituição”, afirmou um morador, que preferiu não se identificar, com receio de represálias.

METRÓPOLES

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