Por: Edmo Sinedino
Fazia muito tempo que não acompanhava sem arredar pé diante da tela, nem mesmo para tomar um cafezinho na copa, um jogo da Seleção Brasileira. O 0 a 0 diante da Argentina, em San Juan, foi assim. Fico ansioso, quando, em campo, estão escalados jogadores que espero muito, e que acredito, casos do Raphinha, Vinícius Júnior e Matheus Cunha, por exemplo. Pedia, "puxando a sardinha para a minha brasa", há muito tempo, chances para os jovens valores nesse time de Tite. Enfim, ele começa a entender e despertou para a necessidade.
No primeiro tempo, se não foi brilhante, intenso, mas já dava para notar, pela marcação exagerada, violência utilizada (o Otamendi perna de pau deu uma cotovelada no Raphinha e não poderia ter permanecido em campo, o árbitro amarelou) que os hermanos estavam com medo dos meninos, e com razão. Matheus Cunha quase marcou um gol de Pelé e Vinícius Júnior, numa cavadinha, perdeu a melhor chance do Brasil. Pelo lado da Argentina quase nada que mereça destaque.
No segundo tempo, o alvoroço continuou. Apesar de ter mais posse de bola, e uma impressão, talvez falsa, de domínio do rival, era o Brasil quando acionava o Vinícius Júnior, o Raphinha, não tão brilhante, e o Matheus Cunha, com chegada de Paquetá e Fred (ainda acho os alas do Brasil pouco participativos), que realmente criava as melhores jogadas de ataque, com real perigo de gol, como a carretilha do Vinícius e a má conclusão do Paquetá, e depois o próprio Vini, que ficou sem apoio para bater, mas mesmo assim o fez bem. Enfim, um Brasil melhor, feliz, com personalidade e merecedor, jogando sob enorme pressão de torcedores, de sair vencedor.
Concluo dizendo que, pela primeira vez, não vi um Brasil órfão de Neymar. Uma seleção com outras alternativas, ótimas por sinal. Uma esperança real de possamos levar para a Copa, ainda temos tempo para melhorar mais ainda, uma seleção realmente concorrente ao título no Catar. Sinto que faltam poucos ajustes, ainda não temos alas titulares, mas me parece que é só, e isso é muito positivo.
Tomara que não aconteça um retrocesso nos planos de Tite. Lembrando a ele que, no Brasil alguns jogadores pedem passagem, ou pelo menos uma chance de serem testados - Arana, Arão, Bruno Henrique, Renato Augusto e até o Michael, só para citar alguns.
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