O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que não há nada que indique que os últimos três objetos aéreos derrubados no país são balões de espionagem da China.
"Nada no momento sugere que eles estivessem relacionados ao programa de balões espiões da China ou que fossem veículos de vigilância de qualquer outro país", disse Biden.
O presidente afirmou que ainda não se sabe exatamente o que são os três objetos, mas citou a possibilidade levantada esta semana pela inteligência americana, de pertencerem a alguma empresa privada para fazer pesquisas (muitas empresas têm objetos que operam em alturas, segundo ele).
As forças armadas estão no processo de recuperar os três objetos, e haverá mais informações quando isso ocorrer, disse Biden nesta quinta-feira (16).
Congressistas dos EUA estavam exigindo mais informações sobre os incidentes que têm deixado muitos norte-americanos perplexos. Esse foi um dos motivos pelos quais Biden fez o pronunciamento nesta quinta.
O presidente afirmou que um dos motivos pelos quais os EUA detectaram três objetos voadores não identificados é que, após a aparição do balão chinês de espionagem, no começo do mês, os radares de vigilância dos americanos foram reajustados para identificar objetos lentos no céu.
As forças armadas, disse ele, agiram de acordo com parâmetros estabelecidos para o espaço aéreo dos EUA. "Eu dei a ordem para derrubar os objetos, eram um risco para aviação e de vigilância", disse.
"Agimos com precaução para que pudéssemos derrubar os objetos com segurança", afirmou Biden.
Caso do balão chinês
Biden falou sobre o balão chinês que os EUA derrubaram no dia 4 de fevereiro. Ele afirmou que vai conversar com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre o assunto, mas antecipou: "Não vou pedir desculpas por ter derrubado o balão".
Novas regras para os céus
Biden pediu aos seus conselheiros um levantamento sobre todos os objetos que voam sobre o território dos EUA e sugestões para novas regras a respeito do que pode ser levado aos céus no país.
Isso vai implicar um céu mais seguro para aviões e para as pessoas no chão também, segundo ele.
Balão chinês
As declarações vieram em meio a relatos de que o suposto balão de vigilância abatido em 4 de fevereiro após cruzar o território continental dos EUA teria originalmente uma trajetória que o levaria sobre Guam e Havaí, mas foi desviado do fluxo pelo vento.
O incidente com o balão levou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a adiar uma visita planejada a Pequim, onde ambos os lados buscavam estabilizar relações já tensas.
A presença de Blinken na Conferência de Segurança de Munique neste fim de semana aumentou a especulação de que ele poderia se encontrar com o principal diplomata da China, Wang Yi, no evento.
Biden tem feito poucos comentários públicos sobre a situação e tem sido pressionado por críticos para falar mais abertamente sobre a série de sobrevoos. As informações são do G1.
Foto: Kevin Lamarque/Reuters.
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