A operação da Polícia Federal foi deflagrada nesta quarta-feira (3) a partir de indícios de que os dados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro no SUS teriam sido fraudados para incluir o registro de imunização contra a covid-19 para poder entrar nos Estados Unidos no fim do ano passado.
Por isso, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro e prendeu o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, em Brasília.
"As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários. Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19", informou a PF em comunicado à imprensa.
A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que aponta conexão com as milícias digitais responsáveis por ataques à eficácia das vacinas.
A investigação também apura se essas fraudes beneficiaram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a filha deles e assessores que viajaram juntos para os Estados Unidos.
A investigação também cumpriu prisão de outros assessores.
A PF colheu indícios que essa adulteração teria sido operacionalizada por um secretário municipal de Duque de Caxias que tinha acesso ao sistema do SUS. Ele também foi alvo da operação.
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