Sob novo comando, a Polícia Federal voltou a considerar, a partir da reabertura das investigações sobre a facada contra Jair Bolsonaro, a hipótese de relação entre Adélio Bispo, autor do atentado, e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC.
Até pouco tempo atrás, os policiais estavam impedidos de periciar os celulares em razão de uma liminar obtida pela Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB. Foi um pedido de Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, que levou o TRF a liberar o acesso aos aparelhos.
Com a decisão do tribunal, a apuração foi reaberta pela PF e outro delegado, Martin Bottaro Purper, foi escolhido para tocar o caso.
Delegado especialista em PCC
Purper é um dos maiores especialistas em PCC dentro da corporação. Ele esteve à frente, por exemplo, de uma operação que teve como alvo o braço financeiro da facção.
Paralelamente à mudança de delegado, por decisão da direção-geral da PF o inquérito deixou de correr na superintendência da corporação em Minas Gerais (estava lá porque o crime se deu na cidade mineira de Juiz de Fora) e passou a ser conduzido sob a estrutura da Diretoria de Inteligência Policial, a DIP, em Brasília.
O setor, responsável pelos casos mais sensíveis em investigação na PF, é subordinado diretamente ao gabinete do diretor-geral.
Martin Purper, o delegado que coordena atualmente a apuração, está vinculado à DIP. Pelo menos outros quatro policiais o auxiliam.
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