Potiguares descobrem no hotel que reserva da 123Milhas foi cancelada; Empresa não garantiu nem voucher
Um casal de potiguares teve uma surpresa nada positiva ao chegar para suas férias no Rio de Janeiro: descobriram que a reserva no Hotel Windsor Copa, feita e confirmada pela 123Milhas, havia sido cancelada sem qualquer aviso. O pior veio na sequência: eles entraram em contato com a empresa e foram informados que, diante do pedido de recuperação judicial, nem o voucher poderia ser fornecido. Ou seja: teriam mesmo que amargar o prejuízo.
O caso em questão aconteceu com os jornalistas Ciro Marques e Bia Bezerra, ambos da 96 FM. Já no final de agosto, ao saberem que algumas reservas haviam sido canceladas, eles entraram em contato com a 123Milhas e receberam a informação que estava "tudo ok". Duas semanas depois, no dia da viagem, ainda mandaram um e-mail para a central do Hotel para avisar que estavam chegando as 16h e foram respondidos de forma positiva pelo Hotel Windsor.
Ao chegar ao estabelecimento, no entanto, veio a informação. O Hotel afirmou que a reserva havia sido cancelada no dia 1º de setembro. O casal não foi informado de nada, nem pelo próprio hotel, nem pela 123Milhas. O Windsor ofereceu uma hospedagem com a cotação do dia, no valor de R$ 800, quase R$ 250 mais caro que a cotação do mesmo dia, para o mesmo hotel, via Booking e Hoteis.com.
Ciro Marques e Bia Bezerra precisaram buscar outro hotel e conseguiram. Mas não esqueceram o prejuízo da 123Milhas. Entraram em contato com a empresa e a resposta veio há poucos dias: nem o voucher de ressarcimento eles teriam.
"A 123milhas ressalta que as reservas canceladas são restritas a compras realizadas antes de 29/08/2023, quando foi protocolada a Recuperação Judicial da empresa. As compras e reservas posteriores a essa data não sofreram quaisquer alterações. A empresa está impedida temporariamente sob as penalidades da lei, de realizar pagamento de qualquer natureza, referente a transações realizadas até a data de 29/08/2023. Desta maneira, enquanto estiver em tramitação o Processo de Recuperação Judicial, seu Voucher não poderá ser resgatado", disse o comunicado da 123Milhas.
Em reportagem especial sobre o assunto, o G1 citou casos semelhantes ao dos potiguares e ouviu advogados e órgãos de defesa do consumidor, para entender por que os cancelamentos estão acontecendo e se a empresa pode agir assim. Veja os principais pontos do que eles disseram:
- Advogados especialistas em direito empresarial entendem que, por lei, a 123 Milhas está isenta de honrar, por 6 meses, serviços comprados por seus clientes até o dia 29 de agosto. É a data em que a empresa pediu recuperação judicial;
- O que protege a empresa, neste momento, é uma "blindagem" que inclui até mesmo produtos que não faziam parte da linha Promo e os vouchers emitidos como compensação;
- Por outro lado, o Idec e o Procon-SP, órgãos de defesa do consumidor, entendem que a empresa tem violado os direitos dos consumidores ao falhar na prestação de serviço e no acesso à informação;
Detalhe importante: os valores pagos pela reserva cancelada no Rio de Janeiro, não era da linha promo, nem mesmo eram mais baratas que as de concorrentes que ofereciam o mesmo serviço. Ou seja: o prejuízo foi significativo.
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Dois lisos querendo fingir luxo. Fake News de vida. Amadores kakakakakakakaka
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