PRF alvo de operação da PF no RN coordenou retirada de bolsonaristas das BR em 2022

09 de Agosto 2023 - 16h29

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal no RN, Djairlon Henrique Moura, que foi apontado com um dos alvo da operação da Polícia Federal contra o ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, teve um papel de destaque no ano passado, passado o período de eleições. Djairlon Moura foi o responsável pela operação que desobstruiu BRs em todo o Brasil, inclusive, no próprio Rio Grande do Norte. 

Em reportagens publicadas entre o final de outubro e o início de novembro do ano passado, Djairlon Henrique Moura, então no cargo de diretor de Operações, afirmava que a PRF enfrenta dificuldades em alguns estados, mas que desde a noite do dia 30 de outubro - quando milhares de caminhoneiros e apoiadores do presidente Bolsonaro foram às estradas protestar contra o resultado da eleição - começou a realizar operações para desbloquear vias. 

“Hoje temos pontos de concentração, pontos de interdição e bloqueios. Em pontos de concentração não há interdição do fluxo. Nesse momento temos 267 entre os três tipos. No dia 30, às 21h15 tivemos a primeira interdição no Mato Grosso do Sul. Quatro horas depois já eram 134 interdições. Na noite do dia 31 a noite já eram 421 interdições, foi o ápice. A PRF, com apoio de outras forças de segurança, já desobstruiu 306 locais. A partir das 23h de ontem não tivemos mais aumento de pontos de interdição. Em momento algum a PRF foi passiva, tentou a resolução do problema desde o primeiro instante”, afirmou Djairlon na época.

No Rio Grande do Norte, a PRF foi considerada pelos bolsonaristas como "truculenta", por usar spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes - alguns deles, mulheres, idosas e crianças - da BR-101, em trecho próximo a Parnamirim. 

Segundo reportagem do G1, o alvo no RN foi o ex-diretor de operações da PRF, Djairlon Henrique Moura. Atualmente ele é lotado na sede da superintendência da PRF em Natal. A ação coordenada por Brasília com mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quer esclarecer se houve uso da máquina pública para interferência nas eleições de 2022.

De acordo com as investigações, integrantes da Polícia Rodoviária Federal teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022.

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