PT acusa delegada que investiga assassinato de tesoureiro de postar conteúdo contra o partido

11 de julho 2022 - 12h38

O PT pedirá ao TSE e à PF para que as autoridades federais assumam as investigações sobre o assassinato de um tesoureiro da legenda em Foz do Iguaçu, no final de semana, por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

A partido acusa a delegada atualmente responsável pelo caso, Iane Cardoso (foto), da Polícia Civil do Paraná, de ter postado conteúdo crítico à legenda em suas redes sociais.

A deputada Gleisi  Hoffmann, que preside o PT, atribuiu duas postagens de Facebook a Cardoso, ambas datando de abril de 2016, em meio ao processo de impeachment da então-presidente Dilma Rousseff.

Na primeira, Cardoso afirmaria que petista só sabe mentir, roubar e cuspir, enquanto que, na outra, ela publica hashtags a favor da deposição de Dilma.

O perfil de Facebook atribuído a Cardoso, que conta com outras postagens atacando o PT e Lula, não é autenticado e não posta nada desde julho de 2020, mas tem fotos da delegada em trabalho e em viagem pessoal.

Em entrevista ao G1, segundo o qual ela não desmentiu a autoria das postagens, a delegada se defendeu das acusações.

“Não me defino como petista, nem como bolsonarista. Trato o presente caso como sempre tratei todas as investigações que presidi durante toda a minha carreira: com responsabilidade, honestidade, parcimônia e visando sempre aplicação da lei, em busca da justiça”, disse Cardoso.

O secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, informou, também ao G1, que está “verificando” a denúncia.

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