A capacidade instalada para geração de energia no Brasil cresceu 8,4 gigawatts (GW) em 2023, puxada principalmente por novas usinas das fontes eólica e solar, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME). As duas fontes somaram juntas 7,6 GW de expansão, o que corresponde a 90,4% do crescimento.
Segundo a pasta, o Brasil atingiu a marca de 196,6 GW, com as fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas, fotovoltaicas e de biomassa, representando 83,6% desse montante. O Rio Grande do Norte, Minas Gerais e a Bahia foram os estados com maior participação na expansão. O Rio Grande do Norte liderou o ranking com 2,035 GW de novos projetos, seguido por Minas Gerais (2,025 GW) e Bahia (1,922 GW).
Outro setor que apresentou crescimento acelerado neste ano foi o da micro e minigeração distribuída, referindo-se a pequenas usinas solares com capacidade de até 5 MW instaladas em telhados, fachadas e pequenos terrenos para atender ao consumo local. A modalidade de geração própria de energia fotovoltaica alcançou uma capacidade instalada de 24,4 GW em 2023, correspondendo a aproximadamente 11% da geração total de energia elétrica no país.
Já no segmento de transmissão de energia, o Sistema Interligado Nacional (SIN) recebeu 5,3 mil quilômetros de linhas em 2023. O destaque ficou para o início das obras da linha que ligará Manaus a Boa Vista. Depois de mais de uma década de conflito com os indígenas, a primeira torre de transmissão foi instalada na terra Waimiri Atroari. O empreendimento visa interligar Roraima, o único estado com sistema isolado, ao SIN. A entrega está prevista para 2026.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoveu dois leilões de transmissão em que foram captados R$ 37,4 bilhões em investimentos, para a construção de mais de 10.500 quilômetros de linhas de transmissão.
Valor Econômico / Blog do Gustavo Negreiros
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