RN teve saldo de mais de 1,8 mil empregos formais em novembro

03 de Janeiro 2023 - 13h08

No último mês de novembro, mais uma desaceleração marcou o desempenho do emprego formal no Rio Grande do Norte, que segue a tendência da região Nordeste e do Brasil, de acordo com os dados do Novo CAGED. No caso potiguar, o saldo total correspondeu a 1.855 vagas abertas, resultantes da diferença entre 15.403 admissões e 13.504 desligamentos.

De acordo com a gerente da unidade de Economia e Pesquisa da FIERN, Sandra Cavalcanti, a desaceleração é comum nos últimos meses de cada ano. “A moderação no volume de contratos efetivados no período costuma ter influência da atividade industrial que começa a dispensar mão de obra temporária utilizada na fabricação das encomendas de fim de ano, assim como na moagem da cana de açúcar”, explica.

O mesmo pode ocorrer em relação a agricultura, com a finalização do cultivo de frutas. Mesmo assim, nota-se uma perda de força mais intensa nas contratações relativamente a novembro de 2021 e de 2020, quando os balanços resultaram em 3.196 e 4.159 vagas criadas, respectivamente. “Conforme já observado no Novo CAGED de outubro, a tendência observada de recuo nos contratos efetivados se deve ao efeito do aperto adicional dos juros a partir de agosto com o intuito de desaquecer a atividade econômica e forçar a queda da inflação”, aponta Sandra.

Em termos de grandes setores, o maior saldo de vagas do mês foi registrado pelo Comércio, com 1.100 contratos acrescentados (0,91%), tendência também prevista no período, quando ocorrem as promoções da Black Friday. Em ordem decrescente, os Serviços, em segundo lugar, abriram 966 postos de trabalho (+0,45%), com destaque para os segmentos de Locação de mão de obra temporária, Alojamento e alimentação e Transportes. O saldo do conjunto da Indústria foi de apenas 29 vagas (+0,03%). Por fim, a Agropecuária encerrou 240 contratos (-1,31%), principalmente no Cultivo de melões e outras frutas, seguido da Pecuária.

No acumulado janeiro-novembro, o saldo total de postos de trabalho com carteira abertos no RN em todos os setores correspondeu a 24.276 vagas, com incremento de 5,52% em relação ao contingente do final de 2021. Nesta mesma base de referência, a atividade de Serviços está à frente das contratações, em termos absolutos, com 11.356 vagas abertas e aumento de 5,56% no total de empregados, seguidos pela Indústria, que registrou maior incremento relativo (+8,38% e 8.434 novas vagas). O comércio gerou 4.179 empregos (+3,56%) e, na sequência, a Agropecuária, com 332 novas vagas (+1,87%). O Novo CAGED estima que, nos 12 meses finalizados em novembro, tenham sido gerados 22.812 ocupações com carteira assinada no estado, fazendo o total de empregados passar de 441.121 para 463.933, aumentando 5,17%.

Destaques na indústria potiguar

Os 29 postos de trabalho abertos pelo conjunto da Indústria no mês resultaram do balanço entre 173 vagas eliminadas na Construção e 202 criadas nos demais subsetores (Indústria Geral). Para a Construção, embora nesta época do ano as contratações tendam a ser fracas, o saldo verificado é o único negativo para um mês de novembro desde de 2020. Contribuiu para o recuo mais intenso no saldo, o volume de cortes nas Obras de infraestrutura (-296), particularmente as de energia elétrica, relacionadas à instalação de usinas eólicas, enquanto o segmento de Construção de edifícios assinalou o segundo maior volume de vagas criadas (+111), amenizando o balanço do conjunto.

Quanto à Indústria geral, já era possível identificar uma perda de força nas contratações desde julho 4 relativamente a igual período do ano anterior, mas essa tendência se reverteu em novembro, ainda que com uma vantagem de apenas 75 vagas. O diferencial favorável do mês se deve ao desempenho das indústrias extrativas, que abriram 119 postos de trabalho, ante um saldo de -9 em novembro de 2021. Dentro desta, a maior contribuição veio da indústria do petróleo — particularmente as Atividades de apoio à extração e a Extração de petróleo e gás propriamente dita —, que vem sendo retomada por empresas independentes da inciativa privada. Mas o maior saldo industrial positivo do mês foi assinalado pela indústria de Alimentos (+162), onde os principais destaques foram as Conservas de frutas (provavelmente castanhas de caju), a Preservação de pescados e a Panificação.

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