“Sabor de infância” faz vendas de ovos de Páscoa subirem 15%, dizem chocolateiros

01 de Abril 2024 - 18h21

O uso da expressão “sabor de infância” até pode ter uma aplicação relativa a depender do interlocutor. Porém, é inegável que o resgate de marcas emblemáticas de décadas atrás foi um dos responsáveis por promover uma disparada de 15% nas vendas dos ovos de Páscoa, segundo os produtores.

Um levantamento feito pela indústria do chocolate aponta que as marcas apresentaram 611 itens para o mercado na Páscoa de 2024. Destes, 115 foram lançamentos.

os clássicos agora trazem mais preocupação com sustentabilidade e rastreabilidade. A mudança no olhar da indústria garantiu pelo segundo ano consecutivo ao Brasil o certificado de chocolate 100% fino e de aroma pela Organização Internacional do Cacau.

“Apesar da alta do cacau, que passou de US$ 2.500 a arroba na Bolsa de Nova York para US$ 9.200, os itens começam a ser produzidos no ano anterior, por volta de agosto. Essa alta deve-se à quebra de safra dos dois maiores produtores mundiais: Costa do Marfim e Gana, responsáveis por 60% do chocolate do mundo. Efeitos climáticos do El Niño devastaram as colheitas nesses lugares”, conta Jaime Recena, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab).

Em meio às turbulências do mercado externo, o Brasil viu a produção de chocolate crescer 6%: de 760 mil toneladas em 2022, para 805 mil em 2023. Na prática, são 9 milhões de ovos a mais fabricados em 2024, uma alta de 17%.

O Pará é o maior estado produtor e responde hoje por 53% do cacau brasileiro. A Bahia tem 38%, seguida de Espírito Santo e Rondônia. O programa Inova Cacau, que reúne governo e produtores, pretende, até 2030, duplicar a produção atual, para mais de 400 mil toneladas.

O investimento em alargar a produção impacta nas vendas e gera empregos. As indústrias contrataram 8 mil temporários. “É a porta de entrada para postos fixos de trabalho. 25% desse total acabam sendo incorporados à força de trabalho”, defende Recena.

CNN

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