A demanda por carro de luxo está em alta no mundo, apesar das preocupações generalizadas sobre uma recessão que se aproxima.
A fabricante britânica Rolls-Royce registrou no ano passado as maiores vendas de sua história, com pouco mais de 6 mil unidades comercializadas. O número representa um aumento de 8% em relação a 2021, com entregas feitas “a clientes de cerca de 50 países”, informou a empresa. Um Rolls-Royce custa, em média, US$ 500 mil (R$ 2,5 milhões).
Em outro exemplo da pujança do segmento de automóveis de luxo, a Lamborghini anunciou em agosto que já havia assegurado a venda de toda a sua produção até o início de 2024. No ano passado a marca superou 9,2 mil veículos comercializados.
O CEO da Lamborghini, Stephan Winkelmann, que no início deste ano comentou que a demanda de luxo era insaciável, disse que a empresa tinha que “gerenciar com cuidado e meticulosidade” sua futura entrada de pedidos para manter um nível controlado de crescimento e exclusividade.
A Porsche, uma das principais marcas esportivas do mundo, também comemora os resultados do ano passado. A marca alemã registrou seus melhores resultados em vendas nos Estados Unidos e Canadá. Globalmente a empresa entregou no ano passado quase 310 mil unidades, quantidade maior em comparação com 2021.
A italiana Ferrari também está se aproximando para suas melhores vendas de todos os tempos. Já a Bentley teve um aumento de 4% na entrega de veículos. “Nunca tinha visto padrões de gastos” do consumidor de luxo como no ano passado, comemorou o CEO da Bentley.
Isso tudo acontece apesar dos altos níveis de inflação em grande parte do Ocidente, das sanções à Rússia e dos bloqueios na China. “Os dados do comércio de carros de luxo contrastam com o resto do mercado automobilístico, que ainda sofre com a escassez mundial de semicondutores”, disse Jonathan Smoke, economista-chefe da Cox Automotive.
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