A carga tributária brasileira representa um ônus considerável para a competitividade da indústria automotiva. Além dos impostos, as empresas desse setor gastam cerca de R$ 5 bilhões anualmente para lidar com a burocracia e a complexidade do sistema tributário.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, destacou no CNN Entrevistas a expectativa pela reforma tributária e os desafios que o setor enfrenta para recuperar competitividade e conquistar mercado. Ele ressaltou que a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) pode reduzir o custo de conformidade com o fisco e o resíduo tributário que afeta o consumidor.
No entanto, Leite mencionou que ainda há questões a serem abordadas, como os encargos sociais e a folha de pagamento, que afetam a competitividade da indústria. O governo está preparando projetos de lei para regulamentar a emenda constitucional que altera o sistema de impostos no país, mas o envio ao Congresso Nacional está atrasado.
Enquanto aguardam a reforma, o setor automotivo conta com programas de incentivo, como o Mover, Mobilidade Verde e Inovação, que prevêem benefícios tributários para promover a descarbonização da produção. Leite destacou que as empresas precisam cumprir requisitos rigorosos para participar desses programas.
Apesar dos desafios, o setor automotivo planeja investir R$ 125 bilhões nos próximos 10 anos, visando tornar o Brasil um grande exportador de veículos com tecnologia avançada para a redução de emissões de gases de efeito estufa.
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