Suspeita de matar familiares de ex-namorado envenenados marcou um encontro amoroso um dia após mortes

25 de Janeiro 2024 - 09h40

O delegado responsável pelo caso da suspeita de matar o pai e a avó de seu ex-namorado envenenados disse que a advogada marcou um encontro amoroso um dia após o crime em Goiás.

Sem dar muitos detalhes, o delegado Carlos Alfama disse que as mortes de Leonardo Pereira Alves, 58, e Luzia Tereza Alves, 86, ocorreram no dia 17 de dezembro e, no dia seguinte, a advogada Amanda Partata, 31, marcou o encontro com o homem, já "começando um outro relacionamento amoroso". O homem que Amanda estaria conhecendo é médico, assim como Leonardo Pereira Alves Filho, ex-namorado dela e filho e neto, respectivamente, das vítimas. As declarações foram ao podcast "Na Cena do Crime", da TV Serra Dourada, afiliada do SBT.

Cinco ex-namorados da mulher relataram um comportamento semelhante. Segundo o delegado, Amanda forjava estar grávida dos ex-companheiros, mas nos outros casos, os homens diziam que só assumiriam a criança após teste de DNA.

Delegado acredita que advogada poderia fazer novas vítimas. Alfama citou que Amanda planejou que o caso do ex-sogro e da mãe dele fosse concluído como "morte natural" e apontou que, se essa fosse a conclusão, o número de mortos poderia ser maior. "Eu acredito que estamos diante de uma pessoa que se não estivesse sido presa nessa situação, ela teria feito isso novamente com outras famílias, várias pessoas de bem".

"É a pessoa mais cruel que eu já vi na minha vida, mesmo trabalhando com homicídios todos os dias", diz delegado. Para Alfama, Amanda acreditava "piamente" que a polícia não descobriria o crime que ela é suspeita de ter praticado.

A denúncia foi oferecida pelo MPGO (Ministério Público de Goiás) e aceita pela Justiça. A decisão deste mês foi proferida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva. "A peça portal está embasada em dados empíricos, narrando acontecimentos que se amoldam, em tese, a homicídios consumados e tentados, oportunizando o exercício da ampla defesa e merecendo ser recebida", argumentou o magistrado.

O Tribunal de Justiça de Goiás também converteu a prisão temporária em preventiva. Com isso, Amanda Partata responderá ao processo presa. Ela está detida desde o dia 20 de dezembro.

Amanda foi denunciada por dois homicídios triplamente qualificados, com o emprego de meio insidioso (veneno), por motivo torpe (forma de vingança contra o ex-namorado) e também cometidos mediante dissimulação, já que a denunciada teria colocado substância química dentro de bolos de pote, segundo a polícia.

Ela também foi denunciada por tentativas de homicídio contra outras duas pessoas. A denúncia do MPGO diz que ela ofereceu os doces envenenados a outros familiares do ex-namorado. As mortes só não se concretizaram porque ambos recusaram o alimento.

Crime ocorreu no dia 17 de dezembro. Amanda Partata teria envenenado os familiares de seu ex-namorado por não aceitar o fim da relação. Ainda de acordo com os investigadores, ela mantinha contato com as vítimas porque fingia estar grávida do ex.

 

Com informações de UOL

 

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