Triste combinação: Se filmes de futebol fossem times, jogariam a Série D
Cinema e futebol são paixões mundiais e isso é um fato incontestável. Uma pena que o casamento dos dois jamais foi algo bom para os olhos. Ainda não consegui ver ninguém espelhar em um roteiro a mágica do esporte.
Faço uma restrição ao futebol, pelo fato de outras modalidades já terem dado certo no cinema. Space Jam, Coach Carter, Um sonho possível, Invictus, Moneyball, King Richard e outros inúmeros exemplos comprovam minha teoria.
Os filmes futebolísticos carregam um perfil que eu considero como "trash luxuoso": grandes artistas, personalidades importantes e qualidade ruim, tanto no roteiro, quanto na encenação do esporte.
Fuga Para a Vitória é um dos que se encaixam nesse molde que eu citei. Com "apenas" Sylvester Stallone e Pelé no elenco, o filme é um fiasco no quesito qualidade.
A história até que é boa: uma partida de futebol entre jogadores alemães e prisioneiros de guerra é organizada para promover o Terceiro Reich. O evento logo se transforma em uma oportunidade de fuga para toda a equipe dos aliados.
Algo que fica marcado na cabeça nesse filme é ver Stallone como goleiro. Toda a trama é curiosa, mas na exceção do Rei do Futebol, claro, as perfomances esportivas são fracas, sem falar em violentas. Afinal, Rambo faz parte. Nada consegue simular uma partida real.
Talvez um dos mais populares e que eu considero fraco, Gol: O Sonho Impossível é marcante, mas dói na vista. Difícil não lembrar da difícil história de Santiago Muñiz, um jovem mexicano que morava ilegalmente nos Estados Unidos e acabou se tornando uma estrela no Newcastle, da Inglaterra.
Gol tinha tudo para ser o filme dos boleiros. Chega a passar até uma emoção com o elo entre Santiago e seus familiares, porém morre nisso. Kuno Becker, ator que faz o Muñiz, talvez não fosse o ideal para a performance futebolística.
Kuno tem uma boa entrega no quesito atuação. Quanto ao seu futebol: mais fraco que "caldo de pipoca". No entanto, Gol não foi um fracasso de uma vez só. Ainda tiveram a brilhante ideia de fazer uma continuação. E o 2 contou com a participação estrelada dos galácticos. Para se ter ideia, os craques do Real Madrid contracenam com Santiago, num pique de filme do século.
Mas nem tantos astros fizeram de Gol 2 um filme bom no quesito desempenho esportivo. Alguns furos em cenas me deixam até doente. Santiago chuta de direita, a cena corta e ele está chutando com a esquerda. Não compreendi bem essas situações, mas estragam ainda mais algo que já não era tão legal.
Os roteiros escassos se restringem aos filmes. Os documentários já são outra pegada. Neymar, Juventus e PSG são boas obras para assistir. Sinto falta de uma produção mais nacional. Me encanto pelas produções, mas não consigo me familiarizar.
Se os times aqui Rio Grande do Norte mesmo tivessem a disposição para um documentário, as histórias seriam incríveis. O futebol brasileiro é rico, porém inexplorado.
Pelo fato de os filmes terem roteiro frágil e escasso, muito me lembra um time de Série D. Todos sabemos das limitações e não é tão agradável para ser visto.
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