A TV Globo é alvo de um processo milionário, movido após uma reportagem veiculada pelo Fantástico no dia 3 de fevereiro de 2019. Na ocasião, o programa usou um termo preconceituoso ao falar sobre a morte de um homem transexual, que viveu por mais de 50 anos com documentos falsos.
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo acusa a Globo de transfobia depois que a apresentadora Poliana Abritta se referiu à vítima como “uma mulher que se passava por homem”. De acordo com o site Notícias da TV, uma intimação foi feita dois dias depois da matéria ser transmitida pela atração.
No documento, o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat) alegou que a Globo desrespeitou o personagem central da reportagem, Lourival Bezerra.
Ainda segundo o site, a TV Globo está recorrendo na ação para não pagar uma indenização de R$ 1 milhão. A audiência para bater o martelo sobre o caso está marcada para o próximo dia 31 de agosto.
Lourival Bezerra morreu em 2018, aos 78 anos, após um infarto fulminante. Quando o corpo foi recolhido, os socorristas perceberam que ele havia nascido com um gênero diferente daquele com o qual se identificava.
Depois da morte, a Polícia Civil investigou e descobriu que todos os documentos masculinos dele eram falsos.
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