Na tentativa de aplicar mais um golpe contra idosos que moram em áreas nobres do Distrito Federal, como o Lago Norte, estelionatários tiveram uma surpresa ao ligar para o celular de uma escrivã da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Apesar de organizada e bem elaborada, a vigarice foi logo descoberta, e um delegado da corporação ainda se encarregou de mandar um recado curto e grosso para uma mulher que se fazia passar por funcionária de um banco público.
O episódio ocorreu na 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) e foi acompanhado por um grupo de policiais que estava na unidade. Quando o celular da escrivã tocou, a sigla falsa do banco apareceu, como se a ligação partisse da instituição financeira. Os estelionatários tiveram o cuidado de transferir a ligação para pessoas diferentes, como se houvesse duas áreas de atendimento, e chegaram a fornecer “número de protocolo”.
A segunda pessoa a falar do outro lado da linha era uma mulher que simulava ser uma atendente. A golpista pedia que a vítima instalasse um aplicativo de nome Quick Support, que funcionaria como um antivírus. No entanto, o recurso concedia o franco acesso dos bandidos ao celular da vítima. “Assim, os criminosos entram no aplicativo instalado nos aparelhos e fazem a festa. Pagam contas, efetuam transferência, pagamento via Pix e adquirem empréstimos”, explica o delegado da 9ª DP, Erick Sallum.
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