[VÍDEO] Superexposição nas redes sociais tem deixado potiguares ansiosos e depressivos, diz psicóloga ao Portal 96
Por William Medeiros.
Instagram, Whatsapp, Tiktok, Facebook, Twitter, Tinder ... é tanta rede social que fica difícil pensar em qual conteúdo postar em cada uma delas. Porém, a quantidade de plataformas também evidencia uma situação preocupante: a superexposição nas redes sociais e como ela tem afetado a vida das pessoas, principalmente, os potiguares nos dias atuais.
Com base neste assunto, o Portal 96 conversou com a psicóloga Priscylla Araújo, que atende em Natal, e resolveu perguntar quais os riscos que isso pode gerar. Segundo ela, os problemas vão desde o exagero no uso de telas até distorções na autoimagem.
“As telas colocam para nós, que estamos expostas a isso, pessoas postando suas vidas ‘perfeitas’. Suas famílias ‘perfeitas’, seu corpo ‘perfeito’ e uma rotina de saúde ‘perfeita’. Elas vão estar alí postando coisas que, muitas vezes, na verdade, não são aquilo que elas estão vivendo. Aí a outra pessoa, que está do lado, vai olhar aquelas coisas e ela vai começar também a comparar a vida dela. E muitas vezes isso vai gerar uma grande insatisfação, um quadro de ansiedade e/ou de depressão”, disse.
Já a digital influencer potiguar Gabriela Ferrandino acredita que esse fenômeno traz benefícios e malefícios. “Eu creio muito que quando você expõe sua vida você se torna vulnerável e isso pode fazer com que se receba cobranças de muitas pessoas, que não sabem a sua realidade”, conta.
Nas redes sociais, Gabriela gosta de comentar os cuidados que toma no seu dia a dia para tratar da saúde mental. Ainda sobre o assunto, ela fala como a superexposição afeta a rotina.
“Isso já me atrapalhou muito, já tive a minha vida prejudicada muitas vezes. Não só a minha vida, mas o meu relacionamento por sempre expor muito. Quando você vai crescendo, vai amadurecendo e vendo que muitas coisas não precisam se expor tanto. Então, hoje eu sou bem transparente, sempre mostro o dia a dia e tudo, bem como as dificuldades, pois acho muito importante falar sobre isso. Mas, eu tenho esse filtro hoje, porque quando você se expõe muito, vai receber muito”, relata.
No trabalho como terapeuta, Priscila conta que precisa tomar cuidado ao tratar desses assuntos. “As pessoas que não tem uma certa condição ou um biotipo, começam a se sentir inadequadas e inferiores. Também tem a própria questão da autoestima que serão afetadas pelas imagens tão expostas nas redes sociais”, disse.
Para enfrentar o problema, a psicóloga recomenda a estipulação de um menor tempo do uso das redes sociais, colocando limites. Em casos mais graves, também é essencial buscar ajuda dos profissionais da saúde mental, seja com um psicólogo e ou psiquiatra.
A matéria sobre o assunto foi exibida no Jornal das 6 desta quarta-feira (31). Acompanhe:
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