Como parte das estratégias para combater os efeitos do bullying, o governo de Mato Grosso do Sul anunciou que vai custear cirurgias plásticas em crianças e adolescentes que foram vítimas desse tipo de violência. O programa prevê que o público-alvo tenha acesso a intervenções estéticas por questões como “orelha de abano”, “excesso de mama” e estrabismo.
A iniciativa, que gerou polêmica na internet desde sua divulgação oficial, na segunda-feira (8/5), vai priorizar os casos de bullying registrados por meio de boletins de ocorrência na Polícia Civil. Em 2022, as denúncias somaram 142 casos no estado.
O governo ainda trabalha na estruturação do programa, a fim detalhar como esses procedimentos serão realizados. A Secretaria Estadual Adjunta de Saúde de Mato Grosso do Sul adianta, porém, que as cirurgias começarão a ser realizadas ainda neste semestre.
“A Secretaria de Educação identificou alguns casos, a gente sabe que não há só esse tipo de situação ligado à forma física, existem outros também. O que o estado quer é, na verdade, ser inclusivo, e ser inclusivo de todas as formas, inclusive nessa forma das cirurgias”, explicou ao G1 Christine Maymone, secretária estadual adjunta de Saúde.
Procedimentos disponíveis
Entre os procedimentos que o programa prevê, estão a rinoplastia, cirurgia de estrabismo, otoplastia, mamoplastia redutora, ginecomastia e correção de cicatrizes. O documento da medida descreve as intervenções como métodos “preventivos ao bullying”.
Com isso, o governo anunciou que pretende colaborar com a autoestima dos jovens da cidade e combater problemas mais estruturais, como a evasão escolar.
As cirurgias estéticas farão parte de um pacote maior, chamado de MS Saúde: mais saúde, menos fila, com um orçamento total de R$ 53 milhões. Com o investimento, o estado pretende realizar as 15 mil cirurgias que aguardam na fila de espera. Entre elas, estão casos de oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia vascular, cirurgia geral e ortopedia
Além dos procedimentos, o governo quer contemplar mais 42,5 mil exames diagnósticos como ressonância magnética com contraste, densitometria e endoscopia.
“Passamos por uma pandemia, as filas se constituíram novamente e agora se faz necessário um programa como esse. É para as pessoas que vamos trabalhar. Esse programa vem dar respostas para essas ações e estimativa para zerar essa fila até o final do ano”, destacou Eduardo Riedel (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul, durante lançamento do programa, em Campo Grande, na segunda-feira (08). A informação é do Metrópoles.
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