Lembro demais do menino magrelo. Que precisou de uma "engenhoca jurídica" bancada por Flávio Anselmo, de saudosa memória, junto com o professor Francisco Diá, para trazê-lo para o alvinegro em 2005. Brilho nas bases, muitos gols e a certeza, eu pelo menos tinha, de que se tornaria um grande jogador. E assim foi. Muitas vezes critiquei treinadores que não tinha coragem de colocá-lo para jogar.
Essa minha briga é antiga, foi assim com ele, com Rodriguinho e João Paulo, antes com Marcelinho, Tecy, Ivan, Marcão e o galêgo Sandro e mais recente com Erivelton, Alvinho, Felipe Alves, Chiclete, Arês e também com as últimas grandes promessas Ayrton Lucas, Tonhão, Fessin, Matheus Matias, entre outros.
"Eles", com apoio de parte da imprensa, só queriam as "contratações bombásticas". Um dia, escrevi um artigo furibundo contra um treinador que escalou Wallyson quase como ala esquerda. Quer dizer, até parecia ter a vontade queimar. Mas o Mago venceu, marcou qautro gols numa decisão que o "blindou" geral e brilhou internacionalmente, chegou bem perto de ser ser seleção brasileiro no ano em que foi artilheiro da Libertadores. Seria a glória, mas uma contusão o tirou de tempo.
Falo sobre Wallyson, que voltou a ser titular, depois que o Marchiori quase provoca o encerramento de sua carreira, para dizer da coincidência de sua volta ter sido na mesma partida em que Argel Fuchs fez opção em lançar o garoto de 17 anos, o Andrey, também de saída. Não estou comparando. Só estou afirmando que os últimos treineiros que passaram pelo clube poderiam sim ter dado uma olhada para as bases. Não o fizeram, causaram prejuizo, o pior é que ainda tem quem defenda esse tipo de profissional.
Espero que Wallyson volte a jogar em grande estilho, ainda dá, ele tem só 34 anos, e que o menino Andrey, e outros, possa sim ter oportunidade real de defender as cores do ABC. Pelo menos compromisso, amor à camisa, eles vão demonstrar e dificilmente vão fingir que estão sentindo um "desconforto".
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