PF desarticula esquema envolvendo professora da UFRN que gerou prejuízo de mais de R$ 1 milhão

08 de Novembro 2024 - 16h24

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (8), a Operação Centenária, que investiga o recebimento indevido de aposentadoria e pensão por morte por uma mulher que, atualmente, teria 100 anos de idade. 

A fraude envolveu a falsificação de documentos, desvio de recursos públicos e vinha sendo praticada há três anos. Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido pela 2ª Vara da Justiça Federal/RN em um endereço residencial do bairro Tirol, zona leste de Natal.

A investigação teve início após um alerta da Receita Federal, que identificou o uso de um documento de identidade falso utilizado para reduzir a idade de uma viúva de um ex-servidor da instituição, hoje falecida, de 100 para 62 anos. 

A PF, ao aprofundar as análises, descobriu que a falsificação foi realizada pela filha da mulher, que utilizou uma foto sua (selfie) junto com o documento adulterado para alterar os dados cadastrais de CPF da mãe e continuar recebendo os benefícios após seu falecimento, ocorrido em setembro de 2021.

A motivação da fraude foi a continuidade do recebimento de dois benefícios indevidos. O primeiro, de uma aposentadoria de professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no valor mensal de R$ 4.952,00. Já o segundo benefício era uma pensão por morte, proveniente do ex-servidor da Receita Federal, que pagava mensalmente cerca de R$ 26 mil.

A Polícia Federal estima que a fraude tenha causado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. A pessoa investigada responderá pelos crimes de estelionato qualificado, falsificação de documento público e uso de documento falso. As penas máximas em cada caso podem chegar a seis anos de reclusão e multa.

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