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Brasil

1 em cada 5 garrafas de uísque ou vodca vendida no País é falsificada, diz entidade

Fração inicial do processo de destilação, representa entre 5% e 15% do volume total e contém substâncias tóxicas como o metanol Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Uma a cada cinco garrafas de uísque ou de vodca vendida no Brasil é falsificada. O dado consta em um estudo realizado em 2024 pela Euromonitor International para a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD). A informação é do Estadão.

O número de notificações por suspeita de intoxicação por metanol cresce a cada dia no Brasil. Nesta sexta-feira, 3, Bahia informou o registro da primeira morte suspeita de contaminação pela substância. As ocorrências começaram a surgir no Estado de São Paulo e já atingem outras regiões.

Além da Bahia, há 53 casos em São Paulo, 6 em Pernambuco e 1 no Distrito Federal e no Paraná.

O levantamento da Euromonitor International ainda aponta que 28% do volume de bebidas destiladas comercializadas no Brasil são objetos de crimes como sonegação fiscal, contrabando ou descaminho, falsificação e produção sem registro.

Os dois principais métodos de falsificação, comumente encontrados no mercado, são o “refil” de garrafas de marcas reconhecidas utilizando produtos de baixo custo ou a falsificação a partir do uso de álcool impróprio (metanol) para consumo humano, colocando em risco a saúde dos consumidores.

A discrepância de preços é o principal atrativo: durante o estudo, foi identificado que produtos falsificados são, em média, 35% mais baratos. Em venda online, o preço do uísque falsificado chega a ser até 48% mais barato que o original.

João Garcia, gerente de consultoria da Euromonitor, aponta fatores que mantêm o ilícito relevante na categoria de bebidas: a alta carga tributária, a dificuldade de fiscalização em grandes territórios, a sofisticação crescente das redes criminosas e a disseminação de canais de venda informais e digitais que ajudam no escoamento desses produtos.

Crise do metanol: fábricas em SP, SC e MG são alvo da PF por suspeita de adulteração de bebidas

A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) levantou a possibilidade de que o metanol utilizado para adulterar bebidas possa ter origem em distribuidoras de combustíveis ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que, após uma operação policial que coibiu o uso de metanol no combustível, teria repassado o produto para destilarias e distribuidoras de bebidas. Em coletiva no início da semana, o governador de SP descartou o elo com a facção.

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