
A senadora potiguar Zenaide Maia (PSD) era um voto garantido pela manutenção da "saidinha" dos presos. Surpreendeu. Assim como boa parte da bancada petista/de esquerda, a parlamentar do RN votou "sim", pelo fim do benefício.
Do total de 81 senadores da Casa, 73 estiveram presentes na sessão, mas apenas 66 votaram. Os votos contrários foram de Cid Gomes (PSB-CE) e Rogério Carvalho (PT-SE). O líder do governo, Jacques Wagner (PT-BA), liberou a base aliada a votar como quiser.
No RN, Styvenson Valentim votou "sim", pelo fim da saidinha. Ele, inclusive, fez campanha contra o benefício, assim como Rogério Marinho (PL). Zenaide, como dito, acompanhou a dupla "de direita".
O projeto agora aprovado pelo Senado proíbe as saídas temporárias para visitas a familiares ou de retorno ao convívio social, mas não impede que os presos que cumpram determinadas condições deixem provisoriamente a cadeia para estudar e trabalhar (veja mais abaixo). A versão aprovada pela Câmara proibia também essa última opção.
O debate sobre o fim das saídas temporárias voltou à tona no início de 2023, depois que um policial civil de Minas Gerais (MG) foi morto por um preso beneficiado pela saidinha de Natal de 2023. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu que a Casa discutisse o assunto, e acompanhou de perto a tramitação até a aprovação.