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Internacional

Bombardeios de Israel matam mais de 50 e atingem escola em Gaza

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Pelo menos 52 pessoas morreram nesta segunda-feira (26) em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, segundo a Defesa Civil palestina. Entre as vítimas 33 estavam na escola Fahmi AlJarjaoui, na Cidade de Gaza, que abrigava deslocados, onde o Exército de Israel afirma ter atacado “terroristas” que operavam perto do estabelecimento. As ofensivas ocorrem em meio à intensificação da campanha militar israelense no enclave palestino.

Segundo Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil, o bombardeio deixou dezenas de feridos, a maioria crianças. O Exército israelense afirma que o alvo do ataque era o centro de comando do Hamas e acusa o grupo de usar escolas e hospitais como base.

Outras 19 pessoas morreram em um bombardeio israelense a uma casa em Jabalia, no norte do enclave. Israel também confirmou o lançamento de três projéteis a partir do sul do território palestino — um foi interceptado e dois caíram dentro da própria Faixa de Gaza.

Israel retomou sua ofensiva em março, após dois meses de trégua, e intensificou os ataques em 17 de maio. O objetivo declarado é eliminar o Hamas, libertar os reféns e tomar o controle total do enclave.

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 matou 1.218 pessoas em Israel, a maioria civis. Das 251 pessoas sequestradas, 57 continuam no cativeiro em Gaza, e pelo menos 34 já morreram, segundo autoridades israelenses.

Desde então, mais de 53.900 palestinos — a maioria civis — morreram em bombardeios israelenses, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. A ONU considera os dados confiáveis.

A população de Gaza sofre com a escassez de alimentos, água, combustível e medicamentos. Israel bloqueia a entrada de ajuda humanitária há mais de dois meses e autorizou uma liberação parcial apenas na última semana. As organizações humanitárias afirmam que o volume autorizado é insuficiente.

A escalada militar e a crise humanitária despertam indignação internacional, inclusive entre aliados históricos de Israel. A União Europeia decidiu reavaliar seu acordo de associação com o país.

“Para parar essa guerra sem propósito e permitir a entrada massiva e neutra de ajuda humanitária, é preciso considerar sanções”, afirma o chanceler espanhol, José Manuel Albares. Madri vai pedir a suspensão imediata do acordo com Israel, além de um embargo de armas e sanções individuais.

O presidente dos EUA, Donald Trump, principal aliado de Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (25) esperar que a situação no enclave “chegue ao fim o mais rápido possível”.

Críticas à ajuda humanitária dos EUA

Nesta segunda-feira (26), o chefe da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), Jake Wood, criada com apoio dos EUA, renunciou ao cargo, afirmando que não consegue cumprir sua missão respeitando os princípios de neutralidade e independência.

“Há dois meses, fui convidado para liderar a GHF por conta da minha experiência no setor humanitário”, declarou Wood em comunicado. “Como muitos ao redor do mundo, fiquei horrorizado e comovido com a crise de fome em Gaza”, acrescentou, dizendo ter se sentido “obrigado” a ajudar. “Tenho orgulho do trabalho que supervisionamos”, escreveu.

A GHF, com sede em Genebra, planeja distribuir 300 milhões de refeições em 90 dias. Em comunicado, o conselho da fundação afirma que os caminhões estão prontos e que a distribuição humanitária no enclave começa nesta segunda-feira (26). A meta é beneficiar mais de 1 milhão de palestinos até o fim da semana.

Não há, no entanto, confirmação de que a operação tenha começado ou detalhes sobre como a ajuda será distribuída em meio à destruição.

A ONU e outras ONGs dizem que não participarão da entrega e acusam a fundação de colaborar com Israel. Segundo as Nações Unidas, a organização não respeita os princípios de “imparcialidade, neutralidade e independência”.

A ONG Trial International anunciou nesta sexta-feira que solicitou às autoridades suíças a abertura de investigações administrativas para verificar se a GHF está atuando dentro da legalidade, especialmente no que diz respeito ao uso planejado de empresas de segurança privada para transportar a ajuda dos pontos de entrada até os locais de distribuição.

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