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Política

"Boyceta": Entenda a discussão entre rapper e deputado Nikolas Ferreira

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TUDO SOBRE assassinado do ex-prefeito.gif

Se você abriu as redes sociais nesta última semana de maio, muito provavelmente se deparou com um termo diferente entre as palavras mais citadas: "boyceta". E o Portal 96 foi atrás do motivo do destaque e encontrou, claro, uma questão política/ideológica envolvendo o rapper Jupitter e o deputado federal polêmico Nikolas Ferreira (PL) - que tem histórico de acusações por homofobia e transfobia, já tendo sido até condenado por isso

Pelo que foi pesquisado, o termo "boyceta" surgiu na cena de rap paulistana e designa alguém de identidade não-binária. "Eu sou uma pessoa transmasculina, mas minha identidade de gênero mesmo é boyceta", disse em trecho do podcast "Entre amigues" - veja o trecho no link no início do post. 

O deputado federal Nikolas republicou o trecho e demonstra uma reação confusa com a fala. Ao final, apenas diz: "não tenho mais dinheiro pra pagar advogado, não". Pronto: foi suficiente para milhares de pessoas nas redes sociais comentarem a fala e, por estarem num perfil ligado a um deputado com esse histórico citado, claro, criticarem o rapper pela "novidade".

Aí teve um novo episódio na discussão, que foi a ida de Jupitter para as redes sociais responder a postagem. "Isso só me dá mais força e garra pra chegar onde eu quero chegar. E eu sou boyceta, sim. Eu sou não binário, sim. Eu sou transmasculino sim. E vocês vão ter que me engolir”, afirmou o "boyceta".

Quem é Jupitter Pimentel?

Jupitter Pimentel é um rapper e produtor cultural transmasculino, nascido e criado na zona Norte de São Paulo, capital. Iniciou a carreira aos 12 anos, compondo sozinho, e participou de batalhas de rap na adolescência junto do grupo Rimologia. Em suas letras, Jupitter costuma falar sobre gênero, gordofobia e transfobia, entre outros temas. 

"Eu sou uma pessoa transmasculina, mas minha identidade de gênero mesmo é boyceta. Mas eu sou uma pessoa de gênero fluido também, então entendo as nuances do gênero, pra onde ele caminha e ser boyceta me dá muita liberdade de expressar minha feminilidade quando eu quero e ter essa identidade meio bixa, que é muito bom. Meu gênero flui, dependendo do espaço, eu não controlo, mas algumas vezes eu controlo”, explicou Jupitter ao podcast.

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