O advogado Ricardo Fernandes, que defende Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), afirmou ao Poder360 que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, age de forma “pessoal” contra seu cliente. A declaração foi dada antes do julgamento, marcado para os dias 22 e 23 de abril, que analisará se Martins e outros cinco acusados responderão por tentativa de golpe de Estado.
Segundo a defesa, as acusações contra Martins se baseiam unicamente na delação de Mauro Cid, sem provas que a sustentem. Fernandes também criticou o STF por negar acesso a dados de geolocalização que, segundo ele, comprovariam que Filipe não participou de reuniões sobre a minuta golpista nem tentou fugir do país.
Para o advogado, a recusa em liberar os dados é “confissão de culpa” de que provas estão sendo ocultadas. Ele também afirmou que Filipe ficou 10 dias em uma solitária em condições precárias, fato que levou o Ministério Público do Paraná a abrir investigação. A OAB também teria manifestado preocupação com a condução do caso e acompanhará o julgamento para garantir os direitos da defesa.
Fernandes ainda criticou a multa de R$ 20 mil imposta a Filipe por Moraes e disse que, caso os ministros e o PGR não sejam declarados suspeitos, “não existe mais direito fundamental” no país.