Entre os muitos aspectos que diferenciam as raças caninas, o volume e frequência com que um cão late é motivo de atenção para quem mora em apartamento ou busca mais tranquilidade no dia a dia. A informação é do O Antagonista.
Alguns cachorros praticamente não emitem latidos, tornando-se opções interessantes para ambientes urbanos ou residências que prezam pelo silêncio. Contudo, vale lembrar que cada animal é único, e fatores como personalidade, ambiente e rotina influenciam diretamente o comportamento.
Além dos latidos, certos cães expressam-se de outras formas, como resmungos, roncos e até sons semelhantes a yodels, demonstrando que o silêncio absoluto é raro no universo canino. O conhecimento sobre as raças menos propensas a latir contribui para escolhas mais assertivas e convivência harmônica. Confira, a seguir, informações detalhadas sobre os cães silenciosos e os motivos por trás desse perfil.
Por que algumas raças de cachorro quase não latem?
Cada raça de cão foi criada com objetivos distintos, o que impactou suas características comportamentais ao longo do tempo. Enquanto algumas foram desenvolvidas para caça ou guarda, outras surgiram como companheiras e cães de colo, priorizando a docilidade e a adaptação ao ambiente familiar. Os cães com histórico de companhia costumam ser menos vocais, pois a agitação não era um traço desejado em lares tranquilos.
Outro fator relevante está ligado à estrutura física. Um exemplo emblemático é o Basenji, cuja anatomia do aparelho fonador impede o latido tradicional. Em vez disso, essa raça emite sons peculiares que se parecem com um canto ou yodel. Já raças de focinho achatado, como o Bulldog Francês e o Pug, tendem a roncar e grunhir, substituindo o latido por outros tipos de ruídos.
Quais as raças de cachorro que não costumam latir?
Selecionar um novo amigo de quatro patas envolve ponderar sua tendência a latidos. Abaixo, estão listadas 15 raças conhecidas por serem discretas:
- Cavalier King Charles Spaniel: temperamento calmo, reage mais diante de estímulos incomuns.
- Bernese Mountain Dog (Boiadeiro Bernês): geralmente late apenas para alertar ou cumprimentar.
- Basenji: não late, emite sons únicos devido à sua anatomia.
- Shiba Inu: rarefaz os latidos, preferindo uivos e sons diferenciados.
- Shih Tzu: bastante silencioso, manifesta-se diante de visitas.
- Bulldog Francês: tranquilo, mas pode produzir roncos e grunhidos.
- Bulldog Inglês: pouco vocal, trocando latidos por barulhos característicos.
- Chow Chow: reservado, só lati quando percebe ameaças.
- Whippet: raramente emite latidos, mesmo durante brincadeiras.
- Greyhound (Galgo Inglês): geralmente silencioso, vocaliza em momentos pontuais.
- Newfoundland (Terra-Nova): late pouco, mas o som é forte e grave quando acontece.
- São Bernardo: tende a latir por ansiedade ou falta de companhia.
- Great Dane (Dog Alemão): apenas se manifesta para chamar atenção ou por empolgação.
- Pug: famoso pelos grunhidos, é pouco dado a latir.
- Akita: prefere se comunicar com um baixo grunhido e reserva os latidos para casos importantes.
Como escolher um cão silencioso para apartamento?
Ao decidir qual cachorro adotar ou comprar, especialmente pensando em viver em espaços reduzidos ou condomínios, a frequência dos latidos se torna item fundamental. Além de analisar a raça, é recomendável observar o histórico do animal, sua rotina e os possíveis gatilhos para barulho, como tédio, ansiedade ou falta de estímulo. Ambiente enriquecido, passeios regulares e interação constante contribuem para um cachorro mais relaxado e, consequentemente, menos barulhento.
Ademais, vale ter em mente que mesmo as raças famosas pelo silêncio eventualmente se expressam diante de novidades, necessidades ou situações de estresse. Algumas alternativas interessantes para adaptar o cão ao cotidiano urbano incluem:
- Proporcionar brinquedos interativos para distração.
- Manter uma rotina de passeios e exercícios diários.
- Evitar longos períodos sozinho durante o dia.
- Buscar adestramento positivo focado no autocontrole.
Cães silenciosos são garantia de tranquilidade?
Embora o perfil da raça seja um bom indicativo do comportamento do animal, não existe garantia absoluta de que o cachorro nunca apresentará episódios de latido. O temperamento do indivíduo, sua história de vida e até mesmo o contexto em que está inserido colaboram para definir esse aspecto. É possível, inclusive, que um cão silencioso de raça específica desenvolva o hábito de latir caso se sinta frustrado, solitário ou ameaçado.
Portanto, a melhor maneira de garantir uma convivência harmoniosa está na observação constante e no acompanhamento cuidadoso do desenvolvimento do animal. Isso contribui não apenas para a redução dos latidos, mas também para o bem-estar do cachorro e de todos os moradores do ambiente.