O ABC empatou com o CSA, 1 a 1 , na sua primeira partida no estádio Frasqueirão, na disputa da Série C do Campeonato Brasileiro. Os dois gols da partida saíram nos acréscimos. Os alagoanos marcaram em cobrança de falta do jogador fulano, e Adeilson empatou nos últimos minutos, de cabeça, aproveitando escanteio batido por Matheus Rocha.
Com o resultado, ABC e CSA ficam coladinhos, 11º e 12º, fora da zona de classificação à segunda fase.
No primeiro tempo ABC foi intenso, foi mandante, por muito pouco não abriu o placar, com destaque para as atuações do meio-campo e atacantes de beirada. Fez falta o homem-gol, com presença de área, que Wallyson não foi.
O ABC criou muitas situações de gols, mas chance clara teve nos pés de Orlando Júnior, mas o zagueiro Betão salvou em cima da linha; Wallyson também teve oportunidade, mas desperdiçou. O CSA teve apenas um lance de contra-ataque, quase gol do ex-ABC Felipe Albuquerque, que obrigou Felipe Garcia a fazer boa defesa.
No segundo tempo, o CSA cresceu e o ABC caiu de rendimento. O time visitante fez pressão e teve excelente oportunidade com o Tigo Marques que acertou a trave. A pressão diminuiu, parecia que o jogo iria para o final sem gols, mas Silas, de falta, abriu o placar aos 46 minutos. Em escanteio, último lance de perigo, Matheus Rocha cobrou e Adeilson salvou o ABC da derrota, marcando de cabeça.
Ficou evidente que Evaristo Piza errou ao tirar Carlos Eduardo, quando poderia até ter sacrificado o Reis, marcador, para arriscar com mais um criador, Juninho, e sacaria o Wallyson para a entrada de Martins, sem utilizar o fraco Mariotto.
Fim de jogo. O empate acabou sendo justo.
Refém de Wallyson?
Não tenho nada contra o Wallyson, muito pelo contrário, mas o Evaristo Piza não pode ficar refém do ídolo da torcida, até porque a própria Frasqueira já concorda que o Mago não deveria ser titular. Ainda mais quando ele estava voltando de contusão. O atacante mais rápido, com mais presença de área, ou dois extremos com um trio ou quarteto vindo de trás, sem centroavante fixo pudesse ter sido uma opção muito melhor de começo de partida. Juninho deveria ter começado jogando e o time poderia sim pisar na área com ele, Adeilson e Carlos Eduardo, com Orlando e Jonatha dos lados. A opção por Wallyson me pareceu fragilidade do treinador, talvez temendo abrir crise e esse tipo de "medo" um comandante não pode ter. O bem maior está acima de querelas ou idolatrias.