O Botafogo escreveu nesta quinta-feira (19) um dos capítulos mais memoráveis de sua história centenária. Em pleno Rose Bowl, na Califórnia, o Glorioso venceu o poderoso Paris Saint-Germain por 1 a 0 e assumiu a liderança isolada do Grupo B da Copa do Mundo de Clubes 2025.
No duelo entre os campeões da Libertadores e da Champions League, o time brasileiro foi cirúrgico: segurou a pressão francesa, aproveitou a chance que teve e derrubou um gigante que vinha empilhando goleadas. A vitória não é só marcante para os botafoguenses — ela quebra um tabu que já durava 13 anos: desde 2012, com o Corinthians sobre o Chelsea, um clube sul-americano não vencia um europeu em Mundial.
O PSG, que havia atropelado a Inter de Milão por 5 a 0 na final da Champions e estreado no torneio com 4 a 0 sobre o Atlético de Madrid, entrou como favorito absoluto. E até teve mais posse de bola e volume de jogo. Mas parou em um Botafogo valente e organizado — e num John inspirado no gol. A única grande defesa do camisa 1 veio em cabeçada de Gonçalo Ramos, mas foi o suficiente para manter o placar em branco.
No segundo tempo, Luis Enrique lançou sua artilharia pesada: Mbappé, Vitinha, Ugarte, Nuno Mendes e companhia estiveram em campo, com exceção de Dembélé. Ainda assim, os franceses se mostraram nervosos e apostaram em cruzamentos ineficazes, sem conseguir furar o bloqueio brasileiro.
Com a segunda vitória em dois jogos, o Botafogo chegou aos seis pontos e depende apenas de um empate contra o Atlético de Madrid, na próxima segunda-feira (23), para avançar às oitavas de final como líder do grupo. Já o PSG, com três pontos, encara o já eliminado Seattle Sounders e precisa vencer para seguir vivo — ou torcer por um tropeço dos espanhóis.
A América do Sul volta a sonhar. E o Botafogo, agora em escala mundial, mostra que o impossível não mora mais em General Severiano.