O secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, defendeu o projeto de engorda de Ponta Negra, em Natal, explicando que a inclinação do aterro hidráulico será ajustada naturalmente ao longo do tempo, o que deve melhorar a experiência de banho. Em entrevista ao Agora RN nesta quarta-feira 15, ele afirmou que a dinâmica do mar, historicamente complexa, não foi alterada pela intervenção.
A noticia é do AGORA RN. “Agora é claro, vamos lembrar o seguinte: Ponta Negra sempre foi uma praia que, na maré alta, tinha arrebentações de ondas muito próximas. Quanto mais você vai em direção à Via Costeira e menos ao Morro do Careca, ela se tornava cada vez mais agitada, com uma dinâmica costeira muito forte, com correntes. É tanto que tivemos que fazer a engorda, porque o processo erosivo estava muito alto”, explicou Thiago.
Ele reconheceu o impacto do talude criado pela engorda, mas disse que isso já estava previsto nos estudos ambientais. “Nós temos um talude de 3,05 metros de altura, que faz essa separação da parte da areia com a parte da água, e esse talude, ao longo do tempo, vai se suavizando, vai diminuindo, e você vai tendo uma rampinha. Isso foi apresentado nas simulações matemáticas e vai tornar mais agradável essa entrada na água”, afirmou.
Thiago destacou que as condições desafiadoras do mar em Ponta Negra não são novidade. “Discordo de dizer que houve uma alteração da dinâmica costeira, do regime de marés, de intensidade de maré por causa da engorda, isso é infundado. O que acontece hoje é essa discrepância do talude, que ao longo dos próximos meses será suavizado. A dinâmica costeira de Ponta Negra está cada vez mais intensa e assim continuará, por isso a necessidade que nós tivemos de fazer um aterro hidráulico”, pontuou.