Lula (PT) lança, nesta semana, a "Carta Compromisso aos Evangélicos". Em resumo, o petista deve indicar que não basta haver igrejas abertas, mas que evangélicos precisam participar ainda mais da vida nacional.
Inicialmente o documento seria divulgado nesta segunda-feira (10), mas foi adiado para sábado (15).
Na prática, a carta não é apenas uma reação às fake news que afirmam que Lula fechará igrejas, mas uma indicação de caminhos para futura parceria com evangélicos para o desenvolvimento de políticas sociais.
A carta deve citar programas das igrejas para proteção das mulheres, para incentivo à arte evangélica e para o combate à fome e à extrema pobreza.
"As igrejas evangélicas têm um papel fundamental na sociedade brasileira. Em lugares onde o Poder Público não consegue chegar, há congregações com irmãos e irmãs que trabalham ativamente nas suas comunidades com a propagação do Evangelho, se dedicam em levar paz, conforto espiritual às famílias e desenvolvem forte trabalho social. Vale destacar com ênfase a mulher evangélica, aguerrida em sua fé, dedicadas à oração e ao cuidado com suas famílias", diz trecho do documento.
O petista também destacará leis relevantes para as comunidades evangélicas e que sancionou no primeiro e segundo mandatos.
"A defesa da ampla liberdade religiosa sempre marcou a minha vida política e a minha conduta pessoal como cristão. Valorizando a verdade, destaco que sancionei leis importantes como a da Marcha Para Jesus, Dia Nacional do Evangélico e da Liberdade Religiosa."
O texto deve apresentar, pelo menos, sete compromissos:
1 - Garantia da liberdade religiosa, da defesa da família e da vida;
2 - Garantia de que nenhum templo será fechado e nenhum culto proibido;
3 - Não enviar ao Congressos leis, nem alterar qualquer norma que envolva valores cristãos, da família e da vida;
4 - Combate a qualquer tipo de preconceito contra evangélicos;
5 - Participação efetiva de evangélicos nas diferentes áreas do governo;
6 - Defesa da participação de evangélicos nas políticas públicas, em especial na prevenção às drogas;
7 - Valorização de projetos já desenvolvidos nas áreas de assistência social.
Assim como Bolsonaro usa o versículo, "Conhecereis a verdade, e a verdade os libertará" (João 8;32), Lula também recorrerá à Bíblia para dizer que o país precisa de paz. "Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5;9).
"É a própria Bíblia que nos ensina andar pelo caminho da paz com todos e Jesus mostra que a casa dividida não prospera. Portanto, a tentativa de divisão dos brasileiros não ajuda a nossa nação. Somos um só povo", diz a carta.
Com informações do G1