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Cidades

Mulheres têm menor participação em acidentes de moto no RN

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Por Nathália Barbosa da 96fm

Apesar do aumento no número de mulheres pilotando motocicletas em Natal e em todo o Rio Grande do Norte, os homens ainda lideram e com ampla margem os índices de acidentes fatais e infrações de trânsito.

Com a presença cada vez maior de mulheres pilotando nas ruas da capital potiguar, surge a pergunta: elas se envolvem em mais acidentes do que os homens? Dados recentes divulgados pelo Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) apontam que, embora as mulheres representem cerca de 28% dos condutores habilitados na categoria A, elas estão envolvidas em menos de 10% dos acidentes fatais com motocicletas no estado em 2025.

Em contrapartida, os homens, que compõem a maioria dos motociclistas habilitados, são responsáveis por mais de 90% dos acidentes com vítimas graves ou fatais. O dado chama atenção por expor um contraste expressivo entre comportamento e resultado no trânsito, desconstruindo o preconceito comum de que mulheres seriam mais imprudentes ao volante.

De acordo com especialistas em segurança viária, o perfil de condução das mulheres tende a ser mais cauteloso. Elas respeitam mais frequentemente os limites de velocidade, usam os equipamentos de proteção e, em geral, evitam condutas de risco, como ultrapassagens perigosas ou a combinação de álcool e direção. 

O cenário geral no estado, no entanto, ainda preocupa. Somente nos primeiros meses de 2025, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, registrou 1.399 atendimentos relacionados a acidentes de moto. O número acompanha uma tendência de alta: nos últimos quatro anos, os sinistros com motocicletas aumentaram quase 40% na capital. Segundo o Detran-RN e a STTU, atualmente são registrados em média 27 acidentes de moto por dia em todo o estado. Apesar disso, o perfil dos envolvidos permanece majoritariamente masculino.

Nos últimos 10 anos, o número de mulheres habilitadas para motocicletas no Rio Grande do Norte cresceu mais de 65%, segundo o Detran-RN. Esse aumento acompanha transformações sociais e econômicas, como a expansão da atuação feminina em setores que exigem mobilidade ágil – como entregas, serviços domiciliares e atividades autônomas. Mesmo com a crescente presença nas ruas, muitas motociclistas ainda enfrentam preconceito. “Sempre escutei piadas por ser mulher e estar numa moto grande. Mas nunca me envolvi em acidente, sempre ando dentro da lei”, relata Ana Paula Silva, de 34 anos, que pilota há sete anos em Natal.

Diante do aumento nos índices de acidentes, autoridades locais lançaram em 2025 a campanha “Juntos pela Vida”, com ações conjuntas entre STTU, Detran-RN, Ministério Público e demais órgãos de trânsito, para reforçar a fiscalização e a educação viária. Especialistas reforçam que o foco não deve ser em uma disputa de gêneros, mas sim na promoção da segurança coletiva. Ainda assim, os dados são fundamentais para quebrar estereótipos e valorizar os bons exemplos no trânsito.

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