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Cidades

Proposta de CNH sem autoescola preocupa setor e pode afetar 3,5 mil empregos no RN

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A proposta do Ministério dos Transportes de acabar com a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) tem gerado forte reação no Rio Grande do Norte. Representantes do setor no estado afirmam que a medida ameaça milhares de empregos e pode comprometer a segurança no trânsito.

Atualmente, o RN conta com mais de 110 Centros de Formação de Condutores (CFCs) e cerca de 120 autoescolas, responsáveis por aproximadamente 3,5 mil empregos diretos. Empresários relatam que, desde que a proposta foi anunciada, já sentiram os primeiros impactos: contratos suspensos, queda na procura e projetos de novas empresas interrompidos.

O presidente do Sindicato dos CFCs no RN (SindCFC-RN), Eduardo Gaúcho, critica a iniciativa. Para ele, retirar a obrigatoriedade das aulas é “banalizar a formação do condutor” e colocar em risco a vida de motoristas e pedestres.

“Como alguém que nunca teve aulas práticas vai chegar preparado no dia da prova? O trânsito de hoje é muito mais complexo do que há 20 anos. Essa medida é um retrocesso”, afirmou.

Por outro lado, o governo federal argumenta que a proposta tem como objetivo democratizar o acesso à CNH. O secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, destacou que cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem sem habilitação, em grande parte devido ao custo elevado do processo. Estimativas apontam que a mudança pode reduzir em até 80% o valor para obtenção da carteira.

No RN, tanto o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RN) quanto a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) acompanham o debate com cautela. O Detran tem se alinhado à posição da Associação Nacional dos Detrans (AND), que defende que qualquer alteração preserve a qualidade da formação. Já a STTU afirmou que não pretende se posicionar oficialmente por enquanto.

Enquanto o governo aposta em um aumento na procura pela CNH com a redução de custos, os representantes potiguares do setor alertam para o fechamento de empresas e riscos à segurança viária. A discussão promete avançar nas próximas semanas e deve mobilizar entidades em todo o país.

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