O primeiro vice-líder da oposição na Câmara, Ubiratan Sanderson (PL-RS), visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira, 18, em Brasília. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto. Após a visita, que teve autorização prévia do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Sanderson manifestou preocupação com a saúde do político e disse que “o risco de morte dele é iminente”. A informação é do O Antagonista.
Bolsonaro esteve no hospital nesta semana, após passar mal. Ele recebeu alta na quarta-feira, 17. Segundo o boletim médico que informou a alta, foi identificada a “presença de carcinoma de células escamosas ‘in situ’”. O diagnóstico indica câncer de pele em estágio inicial, que, segundo o médico Claudio Birolini, não demanda tratamento, mas acompanhamento.
“Nas duas horas que estive visitando o Bolsonaro [hoje] fiquei bastante preocupado, porque ele está muito debilitado fisicamente. Eu até fiquei surpreso, não sabia que ele estava nessa situação de debilitação. Eu estive ali duas horas, ele vomitou duas vezes, com soluço”, pontuou Sanderson, em entrevista a jornalistas.
“Essa questão do câncer de pele eu notei que abalou bastante ele, ele está preocupado, porque novos exames serão realizados, biópsia e tal, e ele está preocupado de já estar num estágio avançado. Então, eu saio daqui agora bastante preocupado”.
O deputado falou ainda que buscou “dar o máximo de incentivo, tentar motivá-lo, mas realmente, infelizmente, o presidente Bolsonaro está numa situação física, anímica e emocional bastante difícil“.
Por outro lado, segundo o parlamentar, Bolsonaro ficou “contente“ em ver que 311 deputados votaram pela aprovação do requerimento de urgência para o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
O requerimento foi aprovado e, nesta sexta, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator do projeto. O PL, no entanto, vê com reservas a indicação.
A escolha do parlamentar, em um primeiro momento, leva em consideração dois fatores. Primeiro: ele é de um partido de Centro que, apesar de ter nascido do movimento sindical, começa a se aproximar de siglas de Direita como o União Brasil e o PP.
Segundo: Paulinho tem uma boa interlocução com integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). E isso, na avaliação do Centrão, poderia facilitar na construção de um texto que fosse acatado pelos ministros.